ROMA, 25 JUN (ANSA) – Os jogadores da seleção italiana ainda não decidiram se vão ajoelhar-se no estádio de Wembley, durante partida contra a Áustria neste sábado (26), como um sinal de solidariedade com o movimento “Black Lives Matter” (“Vidas Negras Importam”, em português) e contra a discriminação racial.   

Durante coletiva de imprensa, o capitão da Azzurra, Leonardo Bonucci, explicou que a decisão será tomada somente após uma reunião com a equipe nesta noite. “Quando voltarmos para o hotel teremos todos juntos uma reunião. Conversaremos hoje à noite e decidiremos o que fazer”, afirmou.   

O técnico da seleção italiana, Roberto Mancini, por sua vez, foi questionado em exclusiva à RaiSport e não quis falar sobre o assunto, mas ressaltou que, de qualquer maneira, é a favor da liberdade.   

“Ajoelhar-se amanhã antes do jogo com a Áustria? Não quero falar nisso e, de qualquer modo, sou pela liberdade”, enfatizou o treinador.   

Uma resposta dos italianos tem sido aguardada sobre o ato principalmente depois que a maioria dos atletas não se ajoelhou antes da vitória contra o País de Gales pela Eurocopa. Na ocasião, somente Emerson Palmieri, Andrea Belotti, Rafael Tolói, Matteo Pessina e Federico Bernardeschi participaram do protesto antirracista do “Black Lives Matter”.   

O time de Mancini foi alvo de diversas críticas, e o porta-voz da seleção da Itália, Paolo Corbi, precisou declarar que todos os jogadores da Azzurra são contra o racismo.   

Neste sábado, a Itália enfrentará a Áustria pelas oitavas de final da competição. O capitão austríaco, David Alaba, inclusive, já anunciou que seu time se ajoelhará em solidariedade com o movimento antirracismo.   

“Ajoelhar é um sinal claro. Voltaremos a fazer contra a Itália.   

Todos concordamos e repito: este é um sinal para atrair a atenção de todos para este tema. Certamente se fala mais de racismo e é algo positivo”, afirmou Alaba.   

A federação austríaca de futebol, no entanto, informou que não comunicou o pedido para os atletas se ajoelharem ao protocolo da Uefa, mas as palavras do capitão foram interpretadas como um “ok” ao gesto. (ANSA)