Com o duelo das oitavas de final contra a sólida Áustria neste sábado (16h00, horário de Brasília), em Wembley, começa mais uma Eurocopa para a eufórica Itália, que chega à fase decisiva com três retumbantes vitórias e a tranquilidade de ter Gianluigi Donnarumma no gol, prestes a assinar com o PSG.

O goleiro prodígio de 22 anos foi submetido a um exame médico em Roma na segunda-feira, antes de assinar com o clube francês.

Donnarumma tem sido impecável nas intervenções que fez durante os triunfos sobre Turquia (3-0), Suíça (3-0) e País de Gales (1-0), com uma Itália que ainda não foi vista sob pressão no torneio.

Contra a Áustria, que alcançou a fase de grupos pela primeira vez em uma Eurocopa depois de derrotar a Ucrânia por 1 a 0 com autoridade, o nível de exigência vai aumentar.

Os austríacos comandados pelo técnico Franco Foda tentarão quebrar a maldição que mantêm com a Itália, que sempre a venceu em torneios internacionais. No total, a seleção da Europa Central não vence a ‘Nazionale’ desde 1960 (13 jogos).

Mas, além dos dados históricos, é a forma exibida pela equipe de Roberto Mancini que torna a Itália candidata ao título.

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Em Wembley poderá somar o 31º jogo consecutivo sem derrota, o que seria a mais longa invencibilidade desta seleção, finalista do torneio continental em 2000 e 2012.

Já para a Áustria, é a primeira vez que disputa uma fase de mata-mata na Eurocopa.

“A Itália é muito diferente da Ucrânia, mas partimos do princípio de não mudar muita coisa. Taticamente haverá detalhes, na condução da bola será sem dúvida diferente”, previu Foda nesta sexta-feira.

A Áustria poderá contar com a inspiração do seu líder e capitão David Alaba, decisivo desde a sua posição de zagueiro central ou lateral esquerdo.

“É um jogo especial, para mim, para a equipe e para todo o país. É verdade que já joguei em Wembley (a final da Champions League que ele venceu em 2013 contra o Bayern de Munique) e só tenho memórias positivas. Vai ser um grande jogo”, disse Alaba nesta sexta.

– ‘Sonhar grande’ –

O atacante Marko Arnautovic, que deu o que falar na primeira fase por ter cumprido suspensão no segundo jogo devido a insultos em sua estreia contra a Macedônia do Norte, cometeu muitos erros contra a Ucrânia.

“Não vamos ficar aqui porque alcançamos nossa meta de oitavas de final e depois desse jogo sairmos de férias. Todos nós queremos seguir em frente juntos e escrever uma nova página na história”, disse o atacante do Shanghai.

“Não tenho medo da Itália, embora seja uma seleção de classe mundial. O treinador também é de classe mundial e eles mostram isso em campo, não sofrem gols há 11 jogos”, lembrou.

O técnico Franco Foda reconheceu a superioridade dos italianos, mas se mostrou esperançoso: “Mesmo que tenhamos apenas 10% de chances, com 10% ainda podemos avançar”.

A Itália, que foi campeã da Eurocopa uma vez, em 1968, terá de abandonar a sua condição de anfitriã após três jogos no estádio Olímpico de Roma.


“Estamos prontos para sonhar grande. Temos todas as chances nas mãos”, disse o jogador da Juventus, de 23 anos, Federico Chiesa, titular pela primeira vez no terceiro jogo, contra o País de Gales e eleito o melhor jogador da partida.

“O melhor ainda está por vir e é incrível jogar em Wembley. Nosso objetivo é voltar a Londres depois das oitavas de final”, acrescentou ele sobre a disputa da semifinal e final no templo do futebol inglês.

— Prováveis escalações:

Itália: Donnarumma – Di Lorenzo, Bonucci (cap.), Acerbi, Spinazzola – Barella, Jorginho, Verratti (ou Locatelli) – Berardi, Immobile, Insigne

Técnico: Roberto Mancini (ITA)

Áustria: Bachmann – Lainer, Dragovic, Hinteregger, Alaba (cap.) – Laimer, Grillitsch, Schlager – Sabitzer, Baumgartner – Arnautovic

Técnico: Franco Foda (ALE)

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