ROMA, 06 JUL (ANSA) – O governo da região do Lazio, onde fica Roma, capital da Itália, estuda implantar uma norma para tornar obrigatória a realização do exame RT-PCR para detecção do novo coronavírus em viajantes provenientes de países de fora do Espaço Schengen, área de livre circulação na Europa.   

A medida englobaria todos os aeroportos da região, inclusive o de Fiumicino, que fica nos arredores de Roma e é o mais movimentado do país. “A melhor coisa seria tornar isso obrigatório. Se não chegar uma determinação ministerial nas próximas horas, procederemos com uma norma regional”, disse o secretário de Saúde do Lazio, Alessio D’Amato, ao jornal Corriere della Sera.   

A medida entrou no radar após a detecção de 39 casos ligados a voos com autorizações especiais provenientes de Bangladesh, país asiático que soma 165,6 mil casos e pouco mais de 2 mil mortes na pandemia, mas com curva ascendente.   

“Os novos dados sobre contágios nos mostram que a reabertura das fronteiras para muitos países ainda de alto risco exige novas e tempestivas medidas de prevenção e controle nos desembarques.   

Urge tomar decisões para prever exames no aeroporto nas pessoas que tenham passado por esses países nos dias anteriores”, afirmou no último domingo (5) o governador do Lazio, Nicola Zingaretti, também líder do Partido Democrático (PD), legenda de centro-esquerda que apoia o primeiro-ministro Giuseppe Conte.   

Na entrevista ao Corriere della Sera, o secretário D’Amato também disse que as autoridades sanitárias do Lazio farão exames na comunidade bengalesa para rastrear eventuais novos casos.   

A União Europeia autorizou a reabertura das fronteiras externas para 15 países, como Austrália, Canadá, China (caso haja reciprocidade), Coreia do Sul, Nova Zelândia e Uruguai, mas a Itália decidiu manter a obrigação de quarentena de 14 dias para viajantes provenientes desses países.   

Em relação às outras nações de fora do Espaço Schengen, só são permitidas viagens essenciais. (ANSA)