Itália estuda fazer vacinação ‘simbólica’ logo após o Natal

ROMA, 16 DEZ (ANSA) – O governo e as regiões da Itália planejam promover uma vacinação “simbólica” contra o novo coronavírus logo depois do Natal, caso a agência de medicamentos da União Europeia aprove o imunizante da Biontech e da Pfizer em 21 de dezembro.   

O assunto foi discutido nesta quarta-feira (16) em uma reunião de representantes do governo nacional com líderes das 20 regiões do país sobre o plano de vacinação contra o Sars-CoV-2.   

A ideia seria realizar um dia simbólico de imunização no fim de dezembro, de forma simultânea em todos os Estados-membros da União Europeia, enquanto a campanha de massa começaria em janeiro.   

O número de pessoas imunizadas nesse dia simbólico dependeria da quantidade de doses que a Pfizer seria capaz de entregar de forma imediata.   

Por meio da União Europeia, a Itália já garantiu a compra de 202,573 milhões de doses de seis vacinas contra o Sars-CoV-2: AstraZeneca (produtora da vacina de Oxford), Biontech/Pfizer, Curevac, Johnson & Johnson (dona da Janssen), Moderna e Sanofi-GSK.   

Esse número é suficiente para imunizar mais que o dobro da população italiana (60,4 milhões de pessoas), levando em conta que foram encomendadas 53,84 milhões de unidades de uma vacina de dose única (Janssen) e 148,733 milhões de unidades de vacinas de dose dupla.   

A vacinação contra o novo coronavírus na Itália será gratuita e começará com o imunizante da Biontech/Pfizer, que deve ser o primeiro aprovado pela União Europeia. Como a vacina BNT 162b precisa ser conservada a 70ºC negativos, ela será enviada diretamente pelo fabricante a 300 hospitais já identificados em todo o território nacional.   

A vacinação partirá com profissionais da saúde e pacientes e funcionários de asilos. Após essas duas faixas de risco, será a vez de pessoas com 80 anos ou mais, seguidas por aquelas entre 60 e 79 anos e pacientes com doenças crônicas.   

A partir dessa etapa, o plano da Itália é contar com mais de uma vacina para a imunização. Na sequência, serão vacinados trabalhadores de serviços essenciais, como professores, policiais e agentes carcerários. (ANSA).