Itália elogia acordo UE-EUA, mas diz que ainda não é o ‘ideal’

ROMA, 21 AGO (ANSA) – O governo da Itália elogiou a declaração conjunta entre União Europeia e Estados Unidos que formalizou o acordo tarifário entre os dois lados e disse que o pacto “fornece ao mundo empresarial um quadro claro do novo contexto das relações comerciais” entre as duas margens do Atlântico.   

“Não se trata de um ponto de chegada ideal ou final, mas alguns pontos importantes foram alcançados, a partir do fato de ter evitado uma guerra comercial e de ter posto as bases para relações comerciais mutuamente vantajosas”, diz um comunicado do Palácio Chigi, sede do governo italiano.   

A declaração conjunta detalha o novo regime dos EUA para mercadorias da UE, que pagarão uma alíquota máxima de 15% para entrar em solo americano, incluindo setores como automotivo, farmacêutico, madeireiro e de semicondutores.   

Trump chegou a anunciar uma tarifa de 30% contra o bloco, mas aceitou reduzir a alíquota para 15% após o compromisso europeu de investir US$ 600 bilhões nos EUA e comprar US$ 750 bilhões em bens energéticos americanos, sobretudo combustíveis fósseis, pelos próximos três anos.   

De qualquer forma, a nova tarifa é maior que as cobradas antes do retorno do republicano à Casa Branca, que não chegavam aos dois dígitos. Além disso, o presidente ameaçou aumentar a alíquota para 35% se a UE não cumprir a promessa de investimentos.   

“O governo segue empenhado, juntamente à Comissão Europeia e aos Estados-membros, para incrementar os setores isentos, a começar pelo agroalimentar”, ressalta a nota do Palácio Chigi, enquanto a UE segue negociando para tentar livrar vinhos e outras bebidas alcoólicas da tarifa de 15%. (ANSA).