‘Itália é país que mais faz por Gaza’, diz vice-premiê

ROMA, 26 AGO (ANSA) – O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou nesta terça-feira (26) que seu país é o que mais tem ajudado a população na Faixa de Gaza, palco de uma guerra entre Israel e Hamas que já dura quase dois anos. A declaração foi dada no programa de TV “Rádio Anch’io”, na Rai Radio 1, quando Tajani rejeitou as críticas ao governo italiano por não fazer o suficiente para impedir os massacres no enclave palestino.   

“A Itália é o país que mais faz por Gaza. Os outros apenas falam, nós salvamos vidas. Os jornalistas devem poder trabalhar sem arriscar suas vidas”, afirmou.   

O chanceler italiano destacou que parece que “o mundo inteiro não consegue fazer mais nada”, mas todos os dias a administração de Giorgia Meloni denuncia e condena o que está acontecendo, além de pressionar constantemente o governo israelense.   

“E, ao contrário de muitos que apenas falam, a Itália está tomando medidas concretas. Estamos salvando vidas humanas e somos o país ocidental que acolheu o maior número de refugiados de Gaza”, enfatizou.   

Segundo Tajani, “salvar vidas humanas é um compromisso concreto”, e o governo italiano está cumprindo-o. Ele lembrou, inclusive, que conversou sobre isso com o papa Leão XIV, durante um encontro na última segunda-feira (25), no Vaticano.   

Além disso, reforçou que, “até o momento, o reconhecimento da Palestina por outros países não teve impacto”, principalmente porque “é preciso primeiro criar as condições para sua criação, para o que estamos fazendo o máximo esforço em nível internacional, e só então reconhecê-la”.   

Para o vice-premiê da Itália, “atualmente, o Estado Palestino não existe, e reconhecê-lo não faria sentido”.   

Por fim, Tajani reiterou sua condenação ao assassinato de cinco jornalistas no ataque israelense ao hospital Khan Younis, no enclave palestino. “O que está acontecendo em Gaza é inaceitável. Os jornalistas devem poder trabalhar sem arriscar suas vidas todos os dias”, concluiu. (ANSA).