Itália e 20 países condenam plano para dividir Cisjordânia

ROMA, 21 AGO (ANSA) – Vinte e um países, incluindo Itália, Reino Unido e França, e a União Europeia assinaram nesta quinta-feira (21) uma declaração conjunta classificando como “inaceitável” a aprovação do projeto de Israel para construir uma colônia que vai separar Jerusalém Oriental da Cisjordânia ocupada.   

O documento afirma que a decisão do governo israelense de dividir a Cisjordânia para “enterrar a ideia de um Estado palestino” é “uma violação do direito internacional”.   

“Condenamos esta decisão e exigimos sua revogação imediata nos termos mais veementes”, diz o texto sobre o plano para a chamada área E1.   

A declaração conjunta foi assinada pelos ministros das Relações Exteriores da Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Eslovênia, Espanha, Suécia e Reino Unido, juntamente com a alta representante para Relações Exteriores da União Europeia.   

Segundo as nações, o ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, “afirma que este plano tornará impossível uma solução de dois Estados, dividindo qualquer Estado palestino e restringindo o acesso palestino a Jerusalém”.   

“Isso não traz nenhum benefício ao povo israelense. Pelo contrário, corre o risco de minar a segurança e alimentar ainda mais a violência e a instabilidade, distanciando-nos ainda mais da paz”, enfatiza a declaração.   

Os países destacam ainda que “o governo israelense ainda tem a oportunidade de impedir o avanço do plano E1” e o encorajou a “retirá-lo urgentemente”. Para o grupo, “a ação unilateral do governo israelense mina nosso desejo coletivo por segurança e prosperidade no Oriente Médio”.   

“O governo israelense deve interromper a construção de assentamentos, em conformidade com a Resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, e remover as restrições às finanças da Autoridade Palestina”, conclui o texto. (ANSA).