ROMA, 22 NOV (ANSA) – A Itália iniciou nesta segunda-feira (22) uma discussão para alterar as regras para uso do certificado sanitário anti-Covid em todo o país e criar o chamado “super passe verde”, à medida que os números da pandemia voltaram a aumentar.   

Na primeira reunião, os líderes regionais pediram um modelo “para premiar os que se vacinam”, com menos restrições para todos que já estão imunizados, “o mais rápido possível”.   

Além disso, alguns governadores enfatizaram a necessidade de determinar o uso obrigatório do “super passe verde” para vacinados e curados até mesmo nas regiões classificadas como “zona branca”, a menos restritiva.   

“As novas medidas não seriam um castigo contra os antivacinas, mas sim a consequência da sua escolha livre e irresponsável”, afirmou o governador da Calábria, Roberto Occhiuto.   

Na cúpula, que contou com a presença do subsecretário da Presidência do Conselho, Roberto Garofoli, e dos ministros da Saúde, Roberto Speranza, e de Relações Regionais, Mariastella Gelmini, também foi debatido a obrigatoriedade da vacinação para algumas categorias e da duração dos testes e do passe sanitário.   

A Itália lançou seu certificado sanitário ou ‘passe verde’ inicialmente para ser uma exigência em locais de lazer e culturais, como cinemas e áreas internas de restaurantes, antes de estender seu uso para locais de trabalho e alguns transportes.   

O certificado mostra que o portador foi vacinado contra a Covid-19, se recuperou da doença nos últimos seis meses ou apresentou resultado negativo.   

Já o chamado “super passe verde” em debate só seria emitido para aqueles que são vacinados ou recuperados, com certificados emitidos com base em testes no futuro, válidos apenas para entrada nos locais de trabalho.   

“Fechamentos e restrições não devem ser pagos pelos vacinados”, disse o subsecretário de Saúde da Itália, Andrea Costa, acrescentando que o plano “garantiria o acesso de não vacinados aos locais de trabalho e de necessidades básicas, mas certas atividades como ir a um restaurante, cinema ou teatro devem ser reservadas apenas para os vacinados se a situação piorar”.   

No momento, toda a Itália permanece na zona branca, com poucas medidas de saúde em vigor. No entanto, várias regiões estão se aproximando de limitar algumas iniciativas para tentar conter a quarta onda da emergência sanitária.   

Durante a semana, será tomada também uma decisão sobre a obrigatoriedade da terceira dose. O próximo Conselho de Ministros está agendado para a próxima quinta-feira (25), mas antes disso os governadores das regiões italianas já pediram uma nova cúpula para serem atualizados sobre a situação do novo decreto. (ANSA)