O ministro da Cultura italiano, Dario Franceschini, anunciou nesta segunda-feira um importante programa de revalorização dos tesouros culturais do país, para o qual prevê um investimento de um bilhão de euros.

“Com este programa serão financiadas 33 grandes intervenções em 13 regiões do país”, explicou Franceschini durante uma coletiva de imprensa.

A decisão foi adotada pelo Conselho de ministros a pedido do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, que autorizou fundos de 2,5 milhões de euros para a pesquisa e de um bilhão para a cultura.

“A cultura é a resposta italiana ao terrorismo”, declarou Renzi, que paralelamente aumentou em 27% o orçamento do ministério para 2016.

Trata-se de uma “medida-chave”, afirmou Franceschini, que considera o setor da cultura estratégico para a Itália devido ao enorme e valioso patrimônio arqueológico e artístico que o país possui.

Entre as intervenções escolhidas está a restauração do centro histórico da cidade de L’Aquila (centro), duramente afetado pelo terremoto de 2009, com 30 milhões de euros, e várias atrações turísticas de Nápoles, como o Museu arqueológico (20 milhões), o Museo Capodimonte (30 milhões) e o Palácio real de Caserta (40 milhões).

Também no sul, os parques arqueológicos de Paestum e Pompeya receberão 20 e 40 milhões, respectivamente, assim como a antiga cidade romana de Herculano (10 milhões), e a vasta área vulcânica dos Campos Flégreos (25 milhões), cuja maior parte está debaixo d’água.

No nordeste da península, em Trieste, será restaurado o Porto Velho, construído pela família real Habsburgo.

A célebre Via Apia, uma das mais importantes calçadas da Roma antiga, que unia o coração do império com as regiões do sul do mundo, assim como a Via Francigena, uma rede de estradas utilizadas pelos peregrinos que visitavam Roma, também serão revalorizadas.

Outro projeto de grande envergadura será a remodelação de um antigo quartel localizado na periferia de Roma, Tor Sapienza, que será transformado em um centro cultural e criativo para artistas.

O projeto se inspira no centro “104” de Paris, que converteu um centro funerário em uma oficina para artistas, com espaços para exposições, concertos e zonas de trabalho.

bur-kv/age/db/mvv