NOVA YORK, 21 MAR (ANSA) – O ministro das Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, afirmou que a reunião do grupo dos sete países mais poderosos do mundo, G7, deste ano não incluirá a Rússia porque não houve a implantação do Acordo de Minsk, que tenta restabelecer a ordem na Ucrânia.   

“Em oito dias estarei em Moscou e a relação bilateral prossegue.   

Mas, é evidente que, a menos que o protocolo de Minsk seja aplicado, é difícil imaginar um convite à Rússia no âmbito do G7″, disse Alfano à ANSA durante visita aos Estados Unidos nesta segunda-feira (20).   

Entre os dias 26 e 27 de maio, a cidade de Taormina, na Sicília, será o palco do encontro entre os líderes de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão, Itália e Reino Unido. Desde 2014, quando o governo russo anexou a região da Crimeia – que pertencia ao território ucraniano -, os russos foram suspensos do então G8.   

O acordo de Minsk foi assinado em fevereiro de 2015 e, desde então, os líderes das potências ocidentais acusam os russos de continuarem a patrocinar os grupos rebeldes que atuam em áreas de fronteira, especialmente na região de Donetsk e Lugansk. O Kremlin, por sua vez, nega as acusações, mas sofre com sanções econômicas aplicadas tanto pela União Europeia como pelos Estados Unidos.   

Segundo Alfano, no entanto, a “recriação” do G8 é uma meta para os governos. “O objetivo, mas não para esse G7, é superar as sanções porque nós as consideramos o instrumento para a aplicação dos acordos de Minsk e não o fim a ser atingido.   

Nenhuma pessoa de bom senso pode ambicionar excluir a Rússia”, concluiu Alfano. (ANSA)