Itália defende ação climática que considere impacto social

BELÉM, 6 NOV (ANSA) – O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, reiterou nesta quinta-feira (6) que o combate às mudanças climáticas deve avançar, mas sem deixar de lado a questão social.   

A declaração foi feita em Belém, na capital do Pará, onde o chanceler italiano representa seu país na Cúpula do Clima – encontro de dois dias que reúne chefes de Estado e de governo antes da COP30, marcada para começar em 10 de novembro.   

Segundo Tajani, a luta contra as mudanças climáticas “deve ser realizada, mas levando em consideração a questão social, ou seja, os empregos dos cidadãos”.   

O vice-premiê da Itália reafirmou o compromisso do governo de Giorgia Meloni “em combater as mudanças climáticas”, enfatizando, porém, que essa “luta não pode ser travada sem considerar o impacto social”: “Esse é o problema”, disse.   

“Se os objetivos forem inatingíveis para as empresas, corre-se o risco de perder dezenas de milhares de empregos – e não podemos nos dar ao luxo disso. E nem seria justo”, destacou.   

Para Tajani, “o Pacto Ecológico Europeu deve ser uma oportunidade, não um problema”. Ele defendeu a necessidade de “encontrar objetivos que também garantam a estabilidade do emprego”.   

“Combinar os dois é a maneira correta de lidar com as mudanças climáticas. E estamos trabalhando precisamente para atingir esse objetivo”, afirmou ele, acrescentando que o “que foi alcançado em Bruxelas me parece um bom compromisso”. (ANSA).