Uma decisão sobre o fechamento das escolas e universidades na Itália para conter a epidemia de coronavírus será tomada “nas próximas horas”, disse nesta quarta-feira a ministra da Educação Lucia Azzolina, pouco depois de várias agências italianas terem anunciado que a decisão já havia sido tomada.

“Nenhuma decisão sobre o fechamento das escolas foi tomada. Solicitamos uma opinião mais aprofundada do comitê técnico-científico (que assessor o governo), e a decisão será tomada nas próximas horas”, informou a ministra.

Segundo o jornal Il Corriere della Sera, a decisão de fechar escolas e universidades até meados de março “já foi tomada, mas não será anunciada até que o comitê científico dê o último sinal verde”.

O conselho de ministros reunido nesta quarta-feira é inteiramente dedicado à adoção de novas medidas para conter o coronavírus, enquanto a Itália é o terceiro país mais afetado no mundo, depois da China e da Coreia do Sul: 79 pessoas infectadas morreram no país, de um total de 2.502 casos.

Essas medidas, válidas por um mês, deverão abranger todo o território nacional e não mais uma área limitada do norte do país, onde a maioria dos casos está concentrada.

Segundo a imprensa, o projeto de decreto recomenda uma distância de segurança entre as pessoas, evitar apertos de mão e beijos e partidas de futebol sem público.

Todas as pessoas com mais de 75 anos serão aconselhadas a ficar em casa e a não ir a locais públicos. Esse conselho é estendido a pessoas com mais de 65 anos com problemas de saúde pré-existentes.

A economia italiana, já anêmica, tem sido afetada pela epidemia, em particular o setor do turismo, que representa 13% do PIB. A associação profissional Confturismo-Confcommercio (turismo e comércio) prevê, assim, 31,6 milhões a menos de turistas no período de 1º de março a 31 de maio, representando uma perda de 7,4 bilhões de euros.

glr/fka/CM/mm/mr/cc