ROMA, 13 SET (ANSA) – O Ministério das Relações Exteriores da Itália convocou nesta sexta-feira (13) o embaixador da Rússia em Roma para esclarecer a decisão das autoridades russas de incluir a jornalista da RAI Stefania Battistini e o operador Simone Traini na lista de pessoas procuradas.   

A informação foi confirmada por fontes da Farnesina, que alegam que a decisão foi tomada a pedido do vice-premiê e chanceler da Itália, Antonio Tajani.   

De acordo com os relatos, o governo italiano expressou ao diplomata russo, Alexey Paramonov, “forte surpresa e descontentamento” com a medida adotada contra os profissionais de seu país, acusados de entrar ilegalmente na região de Kursk para cobrir o conflito entre Rússia e Ucrânia.   

Além disso, a Itália reiterou “a importância da liberdade de imprensa, informação e reportagem, como valores fundamentais a serem garantidos e protegidos a nível universal”.   

Por sua vez, Paramonov rejeitou a “surpresa” expressada pela Farnesina sobre o caso dos correspondentes da RAI e reafirmou que Battistini e Traini entraram ilegalmente na região de Kursk para cobrir o conflito entre Rússia e Ucrânia.   

O embaixador russo explicou que os dois juntaram-se a formações militares compostas por soldados ucranianos durante uma operação terrorista e qualificou de “legítima” a posição dos órgãos russos relevantes.   

“A Rússia trata com grande consideração os jornalistas que, no âmbito da sua atividade, operam em áreas geográficas de alto risco, mas que o fazem em conformidade com as regras”, concluiu ele em nota. (ANSA).