Itália confirma prisões após confronto pré-jogo com Israel

UDINE, 15 OUT (ANSA) – As autoridades italianas confirmaram nesta quarta-feira (15) que 15 cidadãos europeus, nove homens e seis mulheres, foram levados à delegacia após os confrontos ocorridos na última terça-feira (14), ao final de uma manifestação pró-Palestina em Udine, no norte do país.   

A cidade sediou a partida entre Israel e Itália pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 e testemunhou confrontos entre a polícia local e manifestantes que exigiam que a Fifa suspendesse Israel de todas as competições de futebol.   

O grupo alega que a seleção israelense representa um governo que apoia políticas de ocupação nos territórios palestinos. Cerca de 5 mil pessoas participaram do ato, segundo a polícia.   

Durante os distúrbios, 15 pessoas foram levadas à delegacia e receberam ordens para deixar a cidade. Duas delas permaneceram detidas.   

Entre os detidos está um homem acusado de dano criminal e resistência à autoridade, já conhecido pelas autoridades policiais. Devido a condenações anteriores, ele foi encaminhado à prisão.   

Outra pessoa foi colocada em prisão domiciliar, também por resistência à autoridade, conforme informou à ANSA o chefe de polícia de Udine, Pasquale Antonio de Lorenzo.   

Ao todo, 11 policiais ficaram feridos nos confrontos. Seis deles foram levados ao pronto-socorro local, onde foram examinados: quatro receberam diagnóstico de ferimentos leves e dois ficaram em observação, sendo liberados na manhã desta quarta.   

A esse número somam-se dois jornalistas feridos, aos quais Lorenzo expressou a solidariedade das autoridades policiais.   

No interior do estádio Bluenergy, em Udine, foram registradas aproximadamente 10 violações das regras durante a partida, relacionadas à exibição da bandeira palestina. Dois homens e uma mulher também estão foragidos.   

“Estou bem. Tenho um hematoma grande na perna, mas, felizmente, não quebrei nada. Comparada aos meus colegas que foram atingidos no rosto e na têmpora, tive até sorte”, relatou à ANSA a jornalista da Rai News, Elisa Dossi, ferida durante os protestos. (ANSA).