ROMA, 30 JAN (ANSA) – O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou que foram confirmados dois casos de infecção por coronavírus no país nesta quinta-feira (30). O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa no Palazzo Chigi, sede do governo em Roma.
De acordo com o premier, dois turistas chineses são originários de Wuhan, cidade epicentro do surto que já matou ao menos 170 pessoas no país asiático e infectou outras 7.818 pelo mundo, e estão na Itália há cerca de 10 dias.
O casal, que também passou por Milão, estava hospedado no Grand Hotel Palatino, no centro de Roma, quando apresentaram os sintomas compatíveis com o 2019-nCoV. Eles foram internados e isolados no Instituto Lazzaro Spallanzani, hospital de Roma que é referência em doenças contagiosas. Segundo o diretor do centro médico, Giuseppe Ippolito, ambos “estão em boas condições de saúde”.
Os dois fazem parte de um grupo de turistas chineses, que também foram levados para hospital. As autoridades ainda fecharam o quarto e uma sala do hotel para um processo de descontaminação. “Estamos vigilantes e muito cuidadosos. Não fomos pegos despreparados”, afirmou Conte, ao lado do ministro da Saúde, Roberto Speranza. O primeiro-ministro explicou que não há razão para criar pânico e alarme social, principalmente porque o Instituto Lazzaro “é a Bíblia neste setor”. Conte convocou um conselho para esta sexta-feira (30) “no qual o governo tomará as medidas adicionais para disponibilizar todas as estruturas competentes, inclusive a Proteção Civil”. Entre as medidas já tomadas está a suspensão do tráfego aéreo entre a Itália e China. “Somos o primeiro país da União Europeia a adotar essa medida de precaução”, finalizou. Com a confirmação na Itália, o número de países que registraram a doença subiu para 19. O cenário fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarasse emergência de saúde pública de interesse internacional. (ANSA)