Itália concentra mais de 80% de casos de febre do Nilo na Europa

BRUXELAS, 20 AGO (ANSA) – A Itália é o país da Europa mais afetado pelo vírus do Nilo Ocidental, com mais de 80% dos casos no continente, informou o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) nesta quarta-feira (20).   

O órgão contabiliza 274 casos e 19 mortes no país em 2025 e espera um pico das infecções entre o fim de agosto e setembro ? todos os óbitos ocorreram a partir de julho.   

Segundo o ECDC, a Europa como um todo registra 335 casos da febre do Nilo Ocidental neste ano, sendo que a Itália responde por 82% do total. Em seguida, aparece a Grécia, com 35 (10%).   

Ainda de acordo com o órgão, a crise climática no planeta, com verões mais longos e invernos mais quentes na Europa, tem contribuído para a disseminação da doença, que é transmitida sobretudo por picadas de mosquitos.   

“A Europa está entrando em uma nova fase, cuja transmissão das doenças transmitidas por mosquitos se torna a normalidade”, advertiu a diretora do ECDC, Pamela Rendi-Wagner.   

A febre do Nilo Ocidental (nome que faz referência à região da África onde foi descoberta) tem origem tropical e, na maioria dos casos, provoca apenas somente sintomas leves, mas pode ser perigosa para indivíduos frágeis, como idosos, imunossuprimidos ou com patologias crônicas.   

Nas situações mais graves, os sintomas incluem febre alta, cefaleia intensa, fraqueza muscular, desorientação, tremores, distúrbios na visão, convulsões e coma. Também existe o risco de efeitos neurológicos permanentes.   

O governo da Itália assegura que a doença está “sob controle” e que os dados de 2025 estão em linha com os anos anteriores.   

(ANSA).