ROMA, 29 DEZ (ANSA) – O governo da Itália cobrou que a União Europeia exija a realização de testes de Covid-19 em todos os passageiros provenientes da China, país que vive uma explosão dos casos nas últimas semanas.   

“Ordenamos o exame para todos aqueles que chegam da China, mas isso só será eficaz se for feito em toda a UE. Esperamos que a UE queira operar nesse sentido”, disse a premiê Giorgia Meloni nesta quinta-feira (29), em sua coletiva de imprensa de fim de ano.   

A declaração chega em meio ao temor na Europa de um aumento no fluxo de turistas chineses, uma vez que o gigante asiático vai liberar viajantes internacionais da exigência de realização de quarentena a partir de 8 de janeiro.   

A Itália já determinou que todos os passageiros provenientes da China apresentem testes PCR ou de antígeno feitos, respectivamente, nas 72 horas ou 48 horas anteriores ao desembarque.   

Além disso, todos terão de ser submetidos a um teste de antígeno no momento da chegada nos aeroportos italianos.   

“Precisamos entender se o que está chegando é coberto pelas vacinas ou não. Até agora, apareceu apenas [a variante] Ômicron”, afirmou Meloni, acrescentando que a situação está “sob controle”.   

A China abandonou no início de dezembro sua política de “Covid zero”, que promovia testagens em massa e isolamentos de bairros e até cidades inteiras ao mínimo sinal de crescimento nos casos.   

Isso provocou uma disparada dos contágios e até falta de suprimentos em hospitais. Ainda assim, a Comissão Nacional de Saúde parou de divulgar dados diários sobre a pandemia, dificultando a avaliação sobre o real estado da situação sanitária no país. (ANSA).