ROMA, 12 AGO (ANSA) – Subiu para 644 o número de casos confirmados de varíola dos macacos na Itália.   

O boletim divulgado nesta sexta-feira (12) pelo Ministério da Saúde traz um aumento de 45 contágios em relação ao balanço anterior, publicado há três dias.   

De acordo com o governo, 634 pessoas já infectadas pelo vírus no país são homens, e 10, mulheres. Pelo menos 182 casos estão ligados a viagens ao exterior, e a região com o maior número de contágios é a Lombardia, com 282, seguida por Lazio (118), Emilia-Romagna (65) e Vêneto (44).   

Essas quatro regiões foram definidas como prioritárias no programa nacional de vacinação contra a varíola dos macacos, que começou na última segunda-feira (8).   

A campanha é voltada a funcionários de laboratório com possível exposição direta ao Orthopoxvirus (gênero de vírus causadores da varíola), pessoas gays, transgênero, bissexuais e homens que tiveram relações sexuais com homens.   

Dentro dessas categorias, serão priorizados indivíduos que tenham tido um ou mais dos seguintes comportamentos: relações sexuais com mais de um parceiro nos últimos três meses, participação em eventos de sexo de grupo, participação em encontros sexuais em clubes e saunas, infecção sexualmente transmitida no último ano e hábito de consumir drogas químicas durante atos sexuais.   

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O imunizante usado é o Jynneos, desenvolvido inicialmente para combater a varíola humana, doença erradicada no mundo desde 1980.   

A varíola dos macacos pode ser transmitida por gotas de saliva e por contato com fluidos corporais e lesões cutâneas, inclusive durante relações sexuais. Já os sintomas são semelhantes aos da varíola humana: febre, dores musculares e bolhas na pele, embora de forma mais leve.   

O nome “varíola dos macacos” se deve ao fato de o vírus ter sido descoberto em colônias de símios, em 1958. Atualmente, acredita-se que os roedores sejam os principais hospedeiros do patógeno.   

No último dia 23 de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como “emergência de interesse internacional”, seu mais alto nível de alerta. (ANSA).   


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