O governo italiano de extrema-direita da primeira-ministra Georgia Meloni aprovou nesta segunda-feira, 16, um orçamento para o próximo ano, que visa reforçar os serviços de saúde pública, incentivar as famílias a terem mais filhos e colocar mais dinheiro nos bolsos dos trabalhadores com salários baixos e médios.

Meloni disse que o orçamento de 24 bilhões de euros, que inclui US$ 5 bilhões em cortes de despesas, está em linha com as prioridades do governo. Ela descreveu o orçamento como “sério” e “realista”, apesar de a Itália enfrentar um aumento esperado de 13 bilhões de euros para pagar o serviço da sua dívida pública à medida que as taxas de juro aumentam.

O orçamento foi aprovado pelo gabinete de Meloni numa reunião de uma hora antes de ser enviado para aprovação da União Europeia (UE). O Ministro das Finanças italiano, Giancarlo Giorgetti, expressou confiança de que o orçamento seria aceite tanto pela UE quanto pelos mercados.

Um corte nos impostos sobre os salários colocará 100 euros por mês nos bolsos de 14 milhões de italianos, com o objetivo de aumentar o poder de compra face ao aumento da inflação, disse Meloni.

O orçamento também inclui incentivos fiscais sobre a folha de pagamento para mulheres com pelo menos dois filhos e garantirá creche gratuita a partir do segundo filho, numa tentativa de “desfazer a história de que ter filhos é um desincentivo ao trabalho”.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, chefe do partido Forza Italia, classificou as listas de espera como “uma vergonha nacional”. Fonte: Associated Press.