Itália acha variante de coronavírus ‘irmã’ de mutação britânica
MILÃO, 14 JAN (ANSA) – Um estudo italiano publicado na revista “The Lancet” nesta quarta-feira (13) mostrou que a variante do coronavírus Sars-CoV-2 isolada na cidade de Brescia, em agosto de 2020, tem o mesmo antecessor da mutação britânica, mas uma estrada evolutiva diferente a partir de março do mesmo ano.
A pesquisa genética foi liderada pelo presidente da Sociedade Italiana de Virologia, Arnaldo Caruso, que também é professor de microbiologia na Universidade de Brescia, e pelo diretor de estatística médica e epidemiologia molecular da Universidade Campus Biomédico de Roma, Massimo Ciccozzi.
O estudo mostrou que tanto a variante italiana (N501T) como a britânica (N501Y) apresentam um mutação da proteína Spike na posição N501. Mas, enquanto a mutação detectada no Reino Unido substitui o aminoácido original com uma tirosina, a cepa italiana o trocou por uma treonina – outro tipo de aminoácido.
“Por esses dias, estamos completando um estudo que nos permitirá ver o que muda na estrutura 3D da proteína Spike, uma informação importante também para entender se haverá consequências na eficácia das vacinas”, explica Ciccozzi.
Para saber se também a variante italiana tem uma maior capacidade de contágio, como acontece com a cepa britânica e a sul-africana, ainda será preciso esperar até o fim de janeiro, quando serão concluídos os testes de laboratórios sobre as células.
+ Grávida do quinto filho, influenciadora morre aos 36 anos
+ Após assassinar a esposa, marido usou cartão da vítima para fazer compras e viajar com amante
“No momento, não sabemos quanto ela se difundiu na Itália ou se há outras variantes italianas em circulação porque no nosso país, diferente do Reino Unido e da África do Sul, não há um sistema nacional de vigilância baseado no sequenciamento do genoma viral”, pontua ainda o especialista.
A mutação de Brescia só foi localizada graças as amostras que o grupo liderado por Caruso conseguiu obter de um paciente de 59 anos, que tinha uma infecção persistente pelo novo coronavírus: examinando o teste feito em agosto e depois um outro feito em novembro, apareceu que o vírus conseguiu fazer três mutações só naquele curto período de tempo.
“É plausível que os pacientes que mantenham o vírus no próprio corpo por períodos longos induzam mutações importantes, devido a forte pressão seletiva exercitada pelo sistema imunitário.
Também os pesquisadores que isolaram a variante na África do Sul está seguindo a mesma pista”, finaliza Ciccozzi. (ANSA).
Veja também
+ 5 benefícios do jejum intermitente além de emagrecer+ Jovem morre após queda de 50 metros durante prática de Slackline Highline
+ Conheça o phloeodes diabolicus "o besouro indestrutível"
+ Truque para espremer limões vira mania nas redes sociais
+ Mulher finge ser agente do FBI para conseguir comida grátis e vai presa
+ Zona Azul digital em SP muda dia 16; veja como fica
+ Estudo revela o método mais saudável para cozinhar arroz
+ Cientista desvenda mistério do monstro do Lago Ness. Descubra!
+ 6 fotos em que o design de interiores do banheiro foi um fracasso total. Confira!
+ Arrotar muito pode ser algum problema de saúde?
+ Tubarão é capturado no MA com restos de jovens desaparecidos no estômago
+ Cinema, sexo e a cidade
+ Descoberta oficina de cobre de 6.500 anos no deserto em Israel