ROMA, 19 SET (ANSA) – O Ministério da Cultura da Itália lançou um edital internacional para encontrar um novo diretor para o sítio arqueológico de Pompeia, uma das atrações turísticas mais visitadas do país e crucial para desvendar a história do antigo Império Romano.   

O anúncio da vaga foi publicado na seção de empregos da revista britânica The Economist e diz que o diretor “supervisionará as atividades de planejamento administrativo, organizacional e financeiro” de Pompeia, além de cuidar dos programas culturais do local.   

O salário é de 148.837,25 euros por ano, o equivalente a R$ 950 mil, além de bônus. Os candidatos podem se inscrever no processo seletivo até o dia 3 de novembro.   

O novo diretor substituirá Massimo Osanna, nomeado diretor-geral dos Museus do Estado no Ministério dos Bens Culturais. Situado nos arredores de Nápoles, o sítio arqueológico de Pompeia recebeu quase 4 milhões de visitantes em 2019, perdendo apenas para o Coliseu de Roma (7,5 milhões) e para as Gallerie degli Uffizi, em Florença (4,5 milhões).   

No entanto, devido à pandemia do novo coronavírus, o público em Pompeia registra uma redução de 70% desde o início de 2020. O parque abriga uma antiga cidade romana devastada por uma erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C., e as escavações e restaurações no sítio continuam até hoje.   

A abertura de um edital internacional segue um modelo adotado em 2015 pelo ministro dos Bens Culturais, Dario Franceschini. Na ocasião, o governo italiano selecionou um alemão, Eike Schmidt, para dirigir os Uffizi, principal museu renascentista do mundo.   

A escolha de um estrangeiro gerou polêmica na Itália, mas a bem-sucedida gestão de Schmidt na instituição florentina deixou as controvérsias no passado. (ANSA).