No início de outubro de 2024, Ruanda enfrentou um surto significativo do vírus Marburg, que já resultou em onze mortes e 36 casos confirmados. O surto foi uma surpresa para muitos, dado que o Marburg é uma doença rara e bastante perigosa, sem vacinas ou tratamentos aprovados até o momento. O ministro da saúde de Ruanda, Sabin Nsanzimana, destacou a importância de intensificar o rastreamento de contatos e os testes para conter a propagação do vírus.
A origem do surto ainda não foi determinada, o que torna os esforços de contenção mais desafiadores. Esta não é a primeira vez que o Marburg apareceu na África; já foi registrado em países como Tanzânia, Guiné Equatorial, Angola, Congo, Quênia, África do Sul, Uganda e Gana. A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora de perto a situação, dada a natureza contagiosa do vírus.
O que é o vírus Marburg?
Assim como o Ebola, o vírus Marburg se origina em morcegos frugívoros e pode se espalhar entre humanos através de contato direto com fluidos corporais de indivíduos infectados ou superfícies contaminadas. Ao contrário de outros vírus, o Marburg não se espalha pelo ar, o que oferece uma pequena vantagem na contenção.
Quais são os sintomas do vírus Marburg?
Os sintomas do Marburg são semelhantes aos do Ebola, incluindo febre, calafrios, dor de cabeça e dores musculares. À medida que a doença progride, os pacientes podem apresentar erupções cutâneas, dores no peito, dor de garganta, diarreia e vômitos. Em estágios mais avançados, podem ocorrer sangramentos inexplicáveis, delírio, choque e falência de órgãos, tornando a doença mortal em até 88% dos casos não tratados.
- Febre intensa
- Dores musculares e de cabeça
- Sangramento inexplicável
- Diarreia e vômitos
Como prevenir a propagação do Marburg?
A prevenção do Marburg se torna um exercício crítico, especialmente em comunidades próximas a habitats de morcegos frugívoros. Esforços incluem:
- Intensificação de rastreamento de contatos de pessoas infectadas.
- Educação da população sobre os riscos do contato com morcegos e entrada em cavernas.
- Implementação de medidas rigorosas de controle de infecções em ambientes hospitalares.
- Incentivar práticas de higiene e uso de equipamentos de proteção individual por profissionais de saúde.
A OMS destaca a importância de medidas preventivas e rápidas intervenções em surto para limitar a propagação do vírus. O foco está na educação e na conscientização, especialmente nas regiões mais vulneráveis da África.
Quais desafios enfrentamos com o Marburg?
Um dos maiores desafios é a falta de um tratamento específico ou vacina para o Marburg. Isso coloca uma pressão significativa sobre os sistemas de saúde, especialmente em países com recursos limitados. A resposta rápida dos governos e organizações de saúde internacionais é crucial para minimizar o impacto desse vírus mortal.
Outro desafio é identificar com precisão as cadeias de transmissão, muitas vezes complicadas pelas condições de vida e infraestrutura nas regiões afetadas. A colaboração internacional e o apoio logístico são necessários para combater eficazmente o surto e evitar que ele se espalhe ainda mais.
Enquanto as autoridades de Ruanda trabalham para controlar o surto, o mundo observa com atenção, sabendo que a luta contra o Marburg é um esforço global.