A qualidade do ar é uma preocupação crescente em todo o mundo, especialmente em 2025, quando as questões ambientais se tornaram ainda mais urgentes. A empresa suíça IQAir, especializada em monitoramento da qualidade do ar, divulgou recentemente um relatório abrangente que avalia a poluição atmosférica em diversas cidades globais. Este estudo destaca a importância de entender e mitigar os efeitos da poluição do ar, que continua a representar uma ameaça significativa à saúde pública e ao meio ambiente.
O relatório da IQAir, baseado em dados de mais de 40.000 estações de monitoramento em 138 países, revela que apenas uma pequena fração das cidades analisadas atingiu os níveis de poluição considerados aceitáveis pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Este dado alarmante sublinha a necessidade de ações mais eficazes para combater a poluição do ar e proteger a saúde das populações urbanas.

Quais são os países e cidades mais afetados pela poluição do ar?
Em 2024, a República do Chade, Bangladesh, Paquistão, República Democrática do Congo e Índia foram identificados como os países com os níveis mais altos de poluição do ar. A cidade de Byrnihat, na Índia, liderou o ranking global de poluição, com uma concentração média de 128,2 microgramas por metro cúbico. Em contraste, Mayaguez, em Porto Rico, foi considerada a cidade menos poluída, com apenas 1,1 micrograma por metro cúbico.
No Brasil, a situação também é preocupante. As cidades mais poluídas estão localizadas principalmente nos estados do Acre, Rondônia e São Paulo. Porto Velho, em Rondônia, foi a cidade brasileira mais poluída em 2024, com uma média anual de 29,5 microgramas por metro cúbico. Os incêndios florestais na Amazônia contribuíram significativamente para o aumento dos níveis de poluição nessas regiões. Veja a lista completa:
Cidades mais poluídas do Brasil
- Porto Velho (RO) – 29,5 µg/m³
- Sena Madureira (AC) – 27,3 µg/m³
- Rio Branco (AC) – 23,6 µg/m³
- Osasco (SP) – 22,1 µg/m³
- Rio Claro (SP) – 20,8 µg/m³
- Ribeirão Preto (SP) – 19,9 µg/m³
- Carapicuiba (SP) – 19,4 µg/m³
- Xapuri (AC) – 19,1 µg/m³
- Manoel Urbano (AC) – 18,7 µg/m³
- Santa Rosa do Purus (AC) – 18,7 µg/m³
Como a poluição do ar afeta a saúde e o meio ambiente?
A poluição do ar é um fator de risco crítico para a saúde humana, associado a doenças respiratórias, cardiovasculares e até mesmo ao câncer. Além disso, ela impacta negativamente o meio ambiente, contribuindo para a mudança climática e a degradação dos ecossistemas. A exposição prolongada a altos níveis de poluição pode reduzir a expectativa de vida e aumentar os custos de saúde pública.
O monitoramento contínuo da qualidade do ar é essencial para aumentar a conscientização sobre esses riscos e informar políticas públicas eficazes. Dados precisos sobre a poluição do ar podem orientar intervenções de saúde pública e capacitar comunidades a tomar medidas para reduzir a poluição e proteger as gerações futuras.
O que pode ser feito para melhorar a qualidade do ar?
Para enfrentar o desafio da poluição do ar, é necessário um esforço conjunto de governos, empresas e cidadãos. Algumas medidas eficazes incluem:
- Redução das emissões industriais: Implementar tecnologias mais limpas e regulamentos mais rígidos para reduzir as emissões de poluentes.
- Promoção do transporte sustentável: Incentivar o uso de transportes públicos, bicicletas e veículos elétricos para diminuir a poluição veicular.
- Proteção das florestas: Combater o desmatamento e os incêndios florestais, que são grandes fontes de poluição do ar.
- Educação e conscientização: Informar a população sobre os riscos da poluição do ar e como podem contribuir para a melhoria da qualidade do ar.
Essas ações, combinadas com um monitoramento rigoroso e políticas públicas bem informadas, podem ajudar a reduzir a poluição do ar e proteger a saúde humana e o meio ambiente. A conscientização e a ação coletiva são fundamentais para enfrentar este desafio global e garantir um futuro mais saudável para todos.