Nos últimos anos, circulam nas redes sociais e aplicativos de mensagens informações enganosas sobre um biscoito chamado “Luppo”. Alegações afirmam que o produto contém comprimidos que causam paralisia, mas essas afirmações são infundadas. O biscoito é produzido pela Sölen Chocolate, uma empresa turca, e não é comercializado no Brasil há pelo menos cinco anos, conforme informações da Anvisa.
O vídeo que dissemina essa desinformação surgiu há cerca de cinco anos, com uma publicação em curdo no YouTube em 2019. A Anvisa, responsável pela regulamentação de alimentos no Brasil, não possui registros de importação recente do produto, tampouco denúncias relacionadas a ele. Isso reforça a ideia de que as alegações são falsas e não têm base em evidências concretas.
Como é produzido o biscoito “luppo”?
A Sölen Chocolate, fabricante do biscoito “Luppo”, assegura que suas instalações são seguras e seguem rigorosos padrões de qualidade. A produção é totalmente automatizada, incluindo um sistema de filtragem que impede a passagem de partículas maiores que 0,7 mm. Essa medida é parte do compromisso da empresa em garantir a segurança alimentar de seus produtos.
Além disso, a Sölen exporta o “Luppo” para diversos países, incluindo o Iraque, onde o produto passa por controles de segurança antes de ser distribuído. Essas práticas são comuns na indústria alimentícia para assegurar que os produtos atendam aos requisitos de segurança internacional.
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Por que essas alegações surgem?
Boatos e desinformação podem surgir por diversos motivos, incluindo mal-entendidos, tentativas de difamar marcas ou simplesmente pela natureza viral de informações chocantes. No caso do “Luppo”, a falta de familiaridade do público brasileiro com o produto pode ter contribuído para a propagação das alegações falsas.
Além disso, a facilidade de compartilhamento de informações nas redes sociais pode amplificar rapidamente boatos sem que haja uma verificação prévia dos fatos. Isso destaca a importância de sempre buscar fontes confiáveis e verificar informações antes de compartilhá-las.
Como verificar a veracidade de informações?
Para evitar cair em armadilhas de desinformação, é crucial adotar algumas práticas de verificação. Aqui estão algumas dicas:
- Consulte fontes oficiais: Verifique se a informação foi confirmada por agências reguladoras ou veículos de imprensa confiáveis.
- Pesquise o histórico: Investigue se a informação já foi desmentida anteriormente.
- Analise a origem: Verifique quem é o autor da informação e se ele possui credibilidade.
- Desconfie de alegações extraordinárias: Informações que parecem exageradas ou alarmantes merecem uma investigação mais aprofundada.
Conclusão natural
O caso do biscoito “Luppo” ilustra como a desinformação pode se espalhar rapidamente e causar preocupação desnecessária. É essencial que os consumidores permaneçam vigilantes e busquem sempre verificar a veracidade das informações antes de aceitá-las como verdadeiras. A confiança em fontes confiáveis e a prática de uma análise crítica são ferramentas poderosas contra a desinformação.