O Brasil vive atualmente mais uma onda de calor, provocando um aumento significativo nas temperaturas em diversas regiões. Este fenômeno teve início no último domingo, dia 2, e deve se estender até a próxima sexta-feira, dia 7 de fevereiro, com as áreas mais afetadas sendo as regiões Sul e Centro-Oeste do país. Durante este período, as temperaturas podem ultrapassar a média histórica para o mês, atingindo até 7°C acima do esperado.
Apesar de ser fevereiro, um mês naturalmente quente no Brasil, esta onda de calor destaca-se pela sua intensidade e pela duração. Associada a uma massa de ar quente, há ainda a presença de umidade, o que possibilita pancadas de chuva isoladas à tarde e à noite.
Quais áreas são mais Impactadas pela onda de calor?
A zona mais afetada pelo aumento térmico inclui partes específicas dos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além disso, outras áreas também apresentam elevações significativas de temperatura, mesmo que menos intensas, com máximas entre 3°C e 5°C acima do normal.
- Oeste e sul de Mato Grosso do Sul
- Oeste e sudoeste do Paraná
- Oeste de Santa Catarina
- Norte, Missões, Central, Oeste e Campanha do Rio Grande do Sul
Outro conjunto de regiões que passam por aumentos térmicos, mas menos intensos, incluem partes do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e áreas centrais e metropolitanas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Por que as ondas de calor são frequentes no Brasil?
Nos últimos anos, a ocorrência de ondas de calor tem se tornado cada vez mais frequente no Brasil. Em 2023, por exemplo, o país enfrentou nove episódios similares, enquanto que em 2024, já foram registradas oito ondas de calor até o momento. Esta tendência está alinhada com uma série de eventos climáticos extremos globalmente, que elevam a questão das mudanças climáticas a um nível de destaque ainda maior.
O aumento da frequência e intensidade dessas ondas pode ser associado a alterações nos padrões de circulação atmosférica, que trazem massas de ar quente por períodos mais prolongados, bem como a influência de episódios de El Niño e outras variações naturais do clima que afetam as condições meteorológicas regionais.
Como as altas temperaturas afetam a Região Sul e Centro-Oeste?
As temperaturas extremas impactam diretamente o dia a dia nas regiões atingidas, afetando a agricultura, a saúde pública e o consumo energético. No setor agrícola, o calor excessivo pode prejudicar as lavouras e a gestão das pastagens, essenciais para a pecuária. Na saúde pública, eleva-se o risco de desidratação e de doenças relacionadas ao calor, o que demanda maior atenção dos serviços de saúde.
O aumento das temperaturas também resulta em um maior consumo de energia, uma vez que os sistemas de ventilação e ar condicionado são mais utilizados para garantir conforto térmico. Este acréscimo na demanda pode sobrecarregar a infraestrutura, principalmente nas cidades grandes.
Como minimizar os impactos de uma onda de calor?
A preparação e a adaptação às condições extremas são essenciais para minimizar os impactos das ondas de calor. Medidas como a fiscalização do consumo de água e energia, bem como a promoção de estratégias de resfriamento natural, como o plantio de árvores nas cidades, são algumas das ações preventivas recomendadas.
Além disso, as autoridades locais podem realizar campanhas informativas para alertar a população sobre os cuidados necessários durante esses eventos climáticos, como a hidratação adequada, o uso de roupas leves e a busca por locais frescos durante as horas de pico de calor.