O mundo automotivo está repleto de mitos e informações equivocadas que circulam entre motoristas e entusiastas. Um dos mais comuns é a ideia de que não se deve rodar com menos de um quarto de combustível no tanque. Essa crença popular sugere que a bomba de combustível pode superaquecer e queimar se não estiver completamente submersa no líquido. No entanto, essa afirmação não se sustenta, pois a refrigeração da bomba ocorre principalmente pelo combustível que passa por ela, e não pelo que a envolve.
Além disso, a preocupação com as impurezas no fundo do tanque também é exagerada. Embora seja verdade que resíduos possam se acumular, os veículos modernos são equipados com filtros que minimizam o risco de danos ao motor. Portanto, manter o tanque sempre cheio por medo de impurezas não é necessário, desde que a manutenção regular do veículo seja realizada.
Pressão dos pneus: Qual é a melhor prática?
Outro tópico de debate entre motoristas é a pressão ideal dos pneus. Alguns acreditam que aumentar a pressão pode reduzir o consumo de combustível, enquanto outros defendem que uma pressão menor proporciona um passeio mais confortável. Ambos os argumentos têm seus méritos, mas é importante seguir as recomendações do fabricante para evitar problemas.
Pressões mais altas podem, de fato, reduzir o atrito e melhorar a eficiência de combustível, mas também podem levar a um desgaste irregular dos pneus e a um passeio mais rígido. Por outro lado, pressões mais baixas podem comprometer a estabilidade e a frenagem, além de aumentar o desgaste dos pneus. Portanto, a melhor prática é seguir as especificações do fabricante para garantir segurança e desempenho ótimos.
Os motores tricilíndricos são menos duráveis?
Com a evolução dos motores, muitos fabricantes têm adotado motores tricilíndricos, o que gerou dúvidas sobre sua durabilidade. A redução no número de cilindros não implica necessariamente em menor resistência ou vida útil. A durabilidade de um motor é determinada por fatores como o design, os materiais utilizados e os processos de fabricação.
Motores tricilíndricos são amplamente utilizados em todo o mundo e não demonstraram ser menos duráveis do que seus equivalentes de quatro cilindros. Eles oferecem vantagens em termos de eficiência de combustível e redução de emissões, tornando-se uma escolha popular entre fabricantes e consumidores.

Álcool ou gasolina: Qual é a melhor opção?
A discussão sobre o uso de álcool versus gasolina é antiga e repleta de mitos. Muitos acreditam que o álcool pode danificar o motor, mas a realidade é que ele tem sido usado com sucesso há décadas, especialmente no Brasil, com o programa Pró-Álcool. O álcool é um combustível mais limpo, com menor teor de carbono e maior octanagem, o que pode resultar em menos emissões poluentes.
Os motores modernos são projetados para lidar com diferentes tipos de combustível, e a escolha entre álcool e gasolina pode depender de fatores como preço e disponibilidade. Ambos os combustíveis têm suas vantagens e desvantagens, mas o importante é garantir que o veículo esteja devidamente ajustado para o tipo de combustível utilizado.
Descer em neutro economiza combustível?
Outro mito comum é a ideia de que descer uma ladeira em ponto morto economiza combustível. Na verdade, em veículos modernos com injeção eletrônica, o oposto é verdadeiro. Quando o carro está engrenado, as rodas ajudam a manter o motor em funcionamento sem a necessidade de combustível adicional. Em ponto morto, o motor precisa de combustível para continuar funcionando, o que pode resultar em maior consumo.
Portanto, a prática de descer em neutro não só não economiza combustível, como também pode comprometer a segurança, já que o controle do veículo é reduzido. Manter o carro engrenado é a melhor opção para eficiência e segurança.