O conceito de ugly fashion tem ganhado notoriedade nos últimos anos, especialmente em um cenário onde as redes sociais ditam tendências de moda quase uniformes. Este movimento desafia os padrões estéticos convencionais, propondo uma abordagem mais autêntica e individualista. Em um mundo onde o visual polido e impecável é frequentemente exaltado, o ugly fashion surge como uma alternativa que celebra o inusitado e o excêntrico.
Peças como Crocs, tênis de plataforma e coletes oversized são exemplos típicos desse estilo que, embora possam causar estranhamento, também despertam curiosidade e dividem opiniões. Marcas como Balenciaga têm utilizado essa estética para se destacar no mercado, apostando no exagero e no desconforto visual como estratégia para atrair atenção e gerar conversas.
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Como a Balenciaga e a Miu Miu influenciam o Ugly Fashion?
A Balenciaga é uma das marcas que mais se destacam no uso do ugly fashion como ferramenta de marketing. Com criações que muitas vezes parecem desafiar o bom senso estético, a marca consegue manter-se relevante e constantemente discutida. Exemplos disso são o Paris Sneakers, um tênis com aparência desgastada, e a Trash Pouch, uma bolsa que imita um saco de lixo.
A abordagem da Balenciaga não é apenas uma expressão artística, mas também um grande sucesso comercial. Sob a direção de Demna Gvasalia, a marca se transformou em uma das favoritas entre fashionistas, com os ‘ugly sneakers’ se tornando icônicos no mercado de moda e impulsionando suas receitas significativamente.
Por outro lado, a Miu Miu adota uma abordagem mais refinada, conhecida como ugly chic. A marca combina elementos excêntricos com um toque de sofisticação, redefinindo o que é considerado bom gosto. Muitas vezes descrito como uma mistura de ‘feio’ e ‘chique’, o ‘ugly chic’ da Miu Miu utiliza detalhes extravagantes e ousados, equilibrados por cortes elegantes e uma paleta de cores que desafia as expectativas tradicionais de estilo.
Suas coleções frequentemente incluem cortes inusitados e combinações improváveis, que rapidamente se tornam virais e influenciam o street style global.
As redes sociais desempenham um papel crucial na disseminação da ugly fashion. Plataformas como Instagram e TikTok permitem que usuários compartilhem suas interpretações desse estilo, tornando-o acessível e visível para um público amplo. Essa exposição online ajudou a legitimar a estética ‘feia’, mostrando que a moda é uma forma de expressão pessoal.
Por que o feio atrai tanto interesse?
O fascínio pelo feio não se limita apenas ao aspecto visual. Há um componente emocional e quase instintivo que atrai as pessoas para o que é considerado estranho ou imperfeito. Esse interesse pode ser comparado ao apego por objetos únicos e cheios de história, que muitas vezes são valorizados justamente por suas imperfeições.
@rasbu_ Trend alert: A ERA DOS CRIATIVOS! Usariam??⭐️⭐️ #creatorsearchinsights#uglyfashion#trendalert#fashiontiktok#womanstyle ♬ original sound – Rafaella Butori
Em um mundo onde as tendências se tornam rapidamente homogêneas, o ugly fashion oferece uma forma de resistência e autoexpressão. Vestir algo que foge do padrão pode ser visto como um ato de rebeldia e autenticidade, valorizando o charme do inesperado e a beleza do que muitos descartariam.
Qual é o futuro do Ugly Fashion?
O ugly fashion parece estar aqui para ficar, especialmente em um contexto onde a busca por individualidade e autenticidade se torna cada vez mais importante. Este movimento não busca aprovação imediata, mas sim propõe um novo olhar sobre a moda e a estética. Ele nos convida a encontrar beleza no que é considerado estranho e a celebrar nossas próprias imperfeições. Com a contínua evolução das tendências de moda, é provável que o ugly fashion continue a influenciar designers e consumidores, desafiando os limites do que é considerado esteticamente agradável e promovendo uma maior diversidade de estilos e expressões pessoais.