Recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu um alerta sobre uma resolução controversa do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Esta resolução, que permite a farmacêuticos prescrever Medicamentos, incluindo aqueles que exigem receita médica, gerou preocupações significativas no setor de saúde.
De acordo com o CFM, essa medida é considerada ilegal e sem fundamento jurídico, levantando sérias questões sobre os riscos potenciais para a saúde pública. A entidade médica destaca que apenas médicos têm a autorização legal para diagnosticar doenças e prescrever tratamentos, conforme definido pela Lei do Ato Médico.
Por que a Resolução do CFF é Considerada Ilegal?
A resolução do CFF é vista como uma invasão das atribuições médicas, segundo o CFM. A Lei nº 12.842/2013, conhecida como Lei do Ato Médico, define claramente que apenas médicos podem realizar diagnósticos e prescrever tratamentos. Essa legislação visa garantir que os pacientes recebam cuidados adequados e seguros.
O CFM argumenta que farmacêuticos não possuem a formação clínica necessária para desempenhar essas funções. A falta de treinamento adequado pode levar a erros de diagnóstico e tratamento, colocando a saúde dos pacientes em risco.
Quais São os Riscos para a Saúde Pública?
A prescrição de Medicamentos é um processo complexo que exige investigação clínica e diagnóstico preciso. Quando realizada por profissionais não qualificados, pode resultar em erros médicos e danos irreparáveis. O CFM alerta que a resolução do CFF pode expor os pacientes a riscos desnecessários, incluindo a possibilidade de morte.

Além disso, a resolução pode criar confusão entre os pacientes sobre quem está qualificado para fornecer cuidados médicos. Isso pode levar a um aumento na automedicação e no uso inadequado de Medicamentos, agravando problemas de saúde existentes.
O Que o CFM Planeja Fazer?
O CFM anunciou que tomará medidas judiciais para suspender a resolução do CFF. A entidade médica está determinada a proteger as atribuições exclusivas dos médicos e garantir a segurança dos pacientes. O CFM também busca responsabilizar os dirigentes do Conselho de Farmácia pelos danos potenciais decorrentes dessa decisão.
Essa não é a primeira vez que o CFM enfrenta uma tentativa do CFF de ampliar as competências dos farmacêuticos. No passado, uma tentativa semelhante foi derrubada na Justiça, com decisão favorável ao CFM. A entidade médica considera a nova resolução um ato de prevaricação e está empenhada em garantir que os limites de atuação profissional sejam respeitados.
Como a População Pode se Proteger?
Para garantir a segurança dos cuidados de saúde, é essencial que os pacientes busquem orientação médica de profissionais qualificados. O CFM recomenda que qualquer dúvida sobre diagnósticos ou tratamentos seja discutida com um médico. Além disso, é importante estar ciente das competências de cada profissional de saúde para evitar riscos desnecessários.
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Qual é o Futuro das Competências Profissionais na Saúde?
A questão das competências profissionais na saúde é complexa e requer um equilíbrio cuidadoso entre a ampliação de funções e a garantia de segurança para os pacientes. Enquanto o CFM e o CFF continuam a debater suas respectivas atribuições, é crucial que qualquer mudança nas práticas de saúde seja baseada em evidências científicas e legais.
O diálogo contínuo entre as entidades de saúde, profissionais e o público é essencial para garantir que as práticas de saúde evoluam de maneira segura e eficaz. A colaboração entre diferentes áreas da saúde pode melhorar os cuidados aos pacientes, desde que cada profissional atue dentro de suas competências legais e éticas.
Em resumo, a resolução do CFF levantou preocupações significativas sobre a segurança dos pacientes e a integridade das práticas médicas. O CFM está empenhado em proteger as atribuições médicas e garantir que os cuidados de saúde sejam prestados por profissionais qualificados. A população é encorajada a buscar orientação médica adequada e a estar ciente das competências de cada profissional de saúde.