O horário de verão é uma prática que, ao longo dos anos, tem gerado debates em várias partes do mundo. Introduzido inicialmente para aproveitar melhor a luz natural durante os meses mais quentes, seu objetivo principal é economizar energia. Contudo, a sua adoção não é uniforme globalmente, e muitos países têm revisado sua aplicação ao longo do tempo.
Embora o Brasil tenha abandonado a medida em 2019, outros países continuam a utilizá-lo. A prática envolve adiantar os relógios em uma hora durante uma parte do ano, geralmente no final do inverno ou início da primavera, e atrasá-los novamente no outono. Este artigo examina onde o horário de verão ainda é praticado e as razões por trás de sua continuidade ou abolição.
Quais países ainda utilizam o horário de verão?
Na Europa, muitos países, incluindo Alemanha, França e Portugal, ainda seguem a medida. No entanto, a União Europeia tem discutido a possibilidade de eliminar essa prática, refletindo um movimento crescente de reconsideração de sua eficácia. Nos Estados Unidos e no Canadá, o horário de verão começa no segundo domingo de março e termina no primeiro domingo de novembro, abrangendo a maior parte do ano. Nos Estados Unidos, no entanto, nem todos os estados aderem ao horário de verão; por exemplo, o Havaí e a maior parte do Arizona não adotam essa prática.
Na Oceania, a Austrália aplica o horário de verão em alguns estados, enquanto a Nova Zelândia também participa dessa prática. Por outro lado, a Ucrânia decidiu abolir o horário de verão a partir de outubro de 2024, alinhando-se a uma tendência global de questionamento sobre seus benefícios reais.
No dia 30 de março de 2025, o horário de verão começará em Portugal nos seguintes territórios:
- Portugal Continental – Relógios serão adiantados de 01h00 para 02h00.
- Madeira (Portugal) – Relógios serão adiantados de 01h00 para 02h00.
- Açores (Portugal) – Relógios serão adiantados de 00h00 para 01h00.

Como ele afeta a rotina das pessoas?
A mudança ocorre geralmente durante a madrugada, resultando em um dia com 23 horas. Essa alteração pode impactar o relógio biológico das pessoas, levando a distúrbios de sono e outros efeitos na saúde. Estudos indicam que a transição pode aumentar o risco de problemas cardíacos e acidentes devido à desorientação temporal. Adicionalmente, dados apontam um aumento de 5% nos índices de ataques cardíacos e uma elevação nos casos de acidentes de trabalho durante a mudança para o horário de verão, revelando impactos significativos na saúde e segurança das pessoas.
Os defensores da medida argumentam que ele contribui para a redução do consumo de energia elétrica, diminuindo a necessidade de iluminação artificial. No entanto, os críticos destacam que os benefícios energéticos são mínimos e que os impactos negativos na saúde e na produtividade podem superar as vantagens.
O futuro do horário de verão: continuidade ou abolição?
O futuro do horário é incerto, com muitos países reconsiderando sua utilidade. A discussão gira em torno de adotar um horário fixo ao longo do ano, eliminando a necessidade de ajustes sazonais. As datas para a mudança de horário já estão estabelecidas em muitos lugares, mas podem ser alteradas por decisões políticas futuras. Para aqueles que vivem ou viajam para regiões que ainda adotam o horário de verão, é importante estar atento às datas de mudança para evitar surpresas. A prática continua a ser um tema de debate, com opiniões divididas sobre sua relevância no mundo moderno.