O azeite de oliva é amplamente reconhecido por seus benefícios à saúde, sendo um componente essencial da dieta mediterrânea. Recentemente, algumas celebridades têm promovido o consumo de azeite de oliva puro e em jejum, alegando que essa prática potencializaria seus efeitos benéficos. No entanto, a eficácia dessa prática ainda é tema de debate entre especialistas.
De acordo com o Dr. Eduardo Grecco, especialista em gastroenterologia, não há evidências científicas que comprovem que ingerir azeite de oliva em jejum traga benefícios adicionais em comparação ao seu consumo regular com alimentos. A nutricionista Débora Pereira dos Santos Pinelli também reforça que o azeite é mais eficaz quando incorporado a uma dieta equilibrada, contribuindo para a saúde cardiovascular e a prevenção de doenças inflamatórias.
Quais são os benefícios do azeite de oliva?
O azeite de oliva extravirgem é rico em ácido oleico, uma gordura monoinsaturada que ajuda a prevenir doenças cardiovasculares. Além disso, contém vitaminas como a E e compostos fenólicos que possuem propriedades antioxidantes, promovendo um envelhecimento celular saudável. Estudos sugerem que o consumo regular de azeite pode reduzir o risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
O Dr. Eduardo destaca que o azeite também pode melhorar a digestão e ajudar no equilíbrio da microbiota intestinal. No entanto, é importante consumir o azeite com moderação, pois é uma fonte calórica significativa. Uma colher de sopa contém aproximadamente 135 calorias, o que pode impactar o controle de peso se consumido em excesso.

Como incluir o azeite de oliva na dieta de forma segura?
A Organização Mundial da Saúde recomenda que as gorduras totais não ultrapassem 30% da ingestão energética diária, priorizando gorduras insaturadas como as encontradas no azeite de oliva. O Dr. Eduardo sugere que o consumo diário de azeite deve ser de uma a duas colheres de sopa, evitando excessos que possam levar ao ganho de peso e problemas gastrointestinais.
O azeite de oliva é uma excelente escolha para a saúde, mas não é necessário consumi-lo puro. Incorporá-lo em saladas, legumes e outras preparações culinárias é uma maneira eficaz de aproveitar seus benefícios. Além disso, é fundamental manter uma dieta equilibrada e praticar atividades físicas regularmente.
O azeite de oliva pode ser aquecido?
Há um mito de que aquecer o azeite de oliva o transformaria em uma gordura saturada prejudicial. No entanto, estudos mostram que, ao ser aquecido em temperaturas domésticas, o azeite mantém suas propriedades benéficas, embora possa haver uma redução nos compostos fenólicos. Para frituras profundas, é recomendado o uso de óleos como o de coco, canola ou girassol.
Alternativas ao azeite de oliva
Com o aumento dos preços do azeite de oliva, devido a fatores como a estiagem na Espanha, outras opções podem ser consideradas. Óleos como o de canola, gergelim e amendoim também são ricos em gorduras monoinsaturadas e podem ser boas alternativas. O óleo de linhaça, rico em ômega-3, é ideal para temperos frios, mas não deve ser aquecido.
Em resumo, o azeite de oliva é um aliado valioso para a saúde, mas seu consumo deve ser equilibrado e adaptado às necessidades individuais. A prática de beber azeite em jejum não é comprovada cientificamente, e o mais importante é incluí-lo de forma consciente na dieta diária.