A Emenda Constitucional 103, promulgada em 2019, trouxe mudanças significativas para o sistema de previdência social no Brasil. Com o objetivo de tornar o sistema mais sustentável, a reforma introduziu novas regras para aposentadoria, afetando milhões de trabalhadores. Em 2025, as regras de transição continuam a ser um ponto crucial para aqueles que já estavam no mercado de trabalho antes da reforma.
As regras de transição foram criadas para suavizar a mudança para o novo sistema, permitindo que os trabalhadores se adaptem gradualmente. Elas são especialmente importantes para aqueles que estavam próximos de se aposentar em 2019, quando a reforma foi implementada. Neste artigo, exploraremos as principais regras de transição em vigor em 2025 e como elas impactam os segurados.
Quais são as regras de transição por pontos?
A regra de transição por pontos combina a idade do trabalhador com o tempo de contribuição, exigindo uma pontuação mínima que aumenta anualmente. Em 2025, a pontuação mínima exigida é de 92 pontos para mulheres e 102 pontos para homens. Para atingir essa pontuação, as mulheres precisam ter no mínimo 30 anos de contribuição, enquanto os homens precisam de 35 anos.
Essa regra é uma tentativa de equilibrar o tempo de contribuição com a idade, permitindo que trabalhadores mais jovens que começaram a contribuir cedo possam se aposentar antes. No entanto, a pontuação necessária aumenta a cada ano, incentivando os trabalhadores a permanecerem no mercado de trabalho por mais tempo.

Como funciona a regra de transição por idade progressiva?
A regra de transição por idade progressiva também combina idade mínima e tempo de contribuição, mas com um foco maior na idade. Em 2025, as mulheres precisam ter 59 anos de idade e 30 anos de contribuição, enquanto os homens precisam ter 64 anos de idade e 35 anos de contribuição. A idade mínima aumenta em seis meses a cada ano até atingir o limite final.
Essa regra é especialmente relevante para aqueles que já têm um tempo significativo de contribuição, mas ainda não atingiram a idade mínima para aposentadoria. Ela oferece uma alternativa para aqueles que preferem se aposentar com base na idade, em vez de acumular pontos.
O que são as regras de transição com pedágio?
Existem duas regras de transição com pedágio: a de 50% e a de 100%. A regra de pedágio de 50% é destinada aos segurados que, em 2019, estavam a menos de dois anos de completar o tempo de contribuição exigido pelas regras antigas. Esses trabalhadores precisam completar o tempo que faltava em 2019, acrescido de 50%.
Por outro lado, a regra de pedágio de 100% aplica-se aos trabalhadores que estavam a mais de dois anos de completar o tempo de contribuição na data da reforma. Eles precisam completar o tempo que faltava, mais um tempo adicional igual ao que faltava na data da reforma. Além disso, há um requisito de idade fixo: 57 anos para mulheres e 60 anos para homens.
Quais são as regras permanentes da reforma?
As regras permanentes da reforma se aplicam aos trabalhadores que ingressaram no mercado de trabalho após a promulgação da emenda. Para as mulheres, a idade mínima para aposentadoria é de 62 anos, com 15 anos de contribuição. Para os homens, a idade mínima é de 65 anos, com 15 anos de contribuição para aqueles que começaram a contribuir antes da reforma e 20 anos para aqueles que começaram a contribuir depois da reforma.
Essas regras refletem a intenção do governo de aumentar a idade mínima para aposentadoria, alinhando-se a práticas internacionais e buscando garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário a longo prazo.
Em resumo, a reforma da previdência de 2019 trouxe mudanças complexas que continuam a impactar os segurados em 2025. As regras de transição oferecem caminhos alternativos para aposentadoria, mas exigem atenção cuidadosa dos trabalhadores para garantir que eles possam se aposentar de acordo com seus planos e necessidades.