Abandonar o Cigarro é uma meta comum entre os brasileiros que desejam melhorar sua saúde no ano novo. Apesar dos riscos associados ao tabagismo, como câncer e doenças cardíacas, a jornada para deixar de fumar não é simples. Estudos indicam que a cessação do tabagismo é mais eficaz quando combinada com intervenções farmacológicas e comportamentais.
Especialistas afirmam que, embora algumas pessoas consigam parar de fumar sozinhas, a maioria necessita de apoio. A combinação de terapia cognitiva comportamental, medicamentos e reposição de nicotina aumenta significativamente as chances de sucesso. Apenas cerca de 5% dos fumantes conseguem parar sem ajuda, enquanto programas de cessação podem alcançar até 50% de sucesso.
Por que é tão difícil parar de fumar?
O tabagismo cria uma dependência química devido ao aumento dos receptores de nicotina no cérebro. Quando uma pessoa fuma, a nicotina atinge o cérebro rapidamente, intensificando a dependência. Ao tentar parar, o fumante enfrenta uma síndrome de abstinência severa, tornando o processo desafiador sem assistência.
Estudos, como o conduzido pela University College of London, revelam que fumantes que tentam parar sem suporte têm menos chances de sucesso. Uma revisão de ensaios clínicos mostra que apenas 6 em cada 100 pessoas conseguem parar sem auxílio, enquanto o uso de reposição de nicotina ou medicamentos pode dobrar essa taxa.
Quais são as estratégias eficazes para parar de fumar?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a combinação de medicamentos e intervenções comportamentais para cessar o tabagismo. A Terapia de Reposição de Nicotina (TRN), com adesivos e gomas, e medicamentos como bupropiona e vareniclina são opções eficazes. A intervenção comportamental inclui aconselhamento médico e terapia cognitiva comportamental.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acesso gratuito a algumas dessas terapias. A bupropiona, por exemplo, ajuda a reduzir a vontade de fumar, enquanto a vareniclina e a citisina, ainda não disponíveis no SUS, atuam diretamente nos receptores de nicotina.
Cigarros eletrônicos são uma alternativa segura?
Embora alguns países promovam o uso de Cigarros eletrônicos como alternativa ao tabagismo convencional, essa estratégia não é recomendada pela OMS. Evidências sugerem que muitos usuários de Cigarros eletrônicos acabam voltando a fumar os convencionais, mantendo a dependência de nicotina.
Além disso, os Cigarroeletrônicos podem causar uma dependência ainda maior devido à rápida absorção de nicotina. Isso resulta em uma nova geração de fumantes com dificuldades significativas para abandonar o hábito.
Qual o futuro da cessação do tabagismo no Brasil?
Atualmente, 9,3% dos brasileiros adultos são fumantes, uma redução significativa em relação aos 34,8% de 1989. No entanto, o desafio de cessar o tabagismo continua. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) defende a inclusão de novos medicamentos no SUS para ampliar as opções de tratamento.
Com a contínua pesquisa e desenvolvimento de novas terapias, espera-se que mais fumantes consigam abandonar o Cigarro, melhorando sua saúde e qualidade de vida. A cessação do tabagismo é um processo complexo, mas com o suporte adequado, é possível alcançar o sucesso.