O estado de São Paulo registrou o primeiro caso da nova cepa da Mpox, conhecida como clado 1b, em território brasileiro. A paciente, uma mulher de 29 anos residente na Região Metropolitana de São Paulo, está se recuperando bem e deve receber alta em breve. Embora não tenha viajado para áreas com surtos, ela teve contato com pessoas vindas do Congo, o que está sendo investigado pelas autoridades de saúde para determinar a origem da infecção.
O Instituto de Infectologia Emilio Ribas confirmou que a infecção foi causada pela cepa responsável por um surto prolongado no Congo. O diretor do instituto, Luiz Carlos Pereira Júnior, afirmou que a situação não é motivo de alarme, pois a doença tem baixa letalidade e não há evidências de alta transmissão no Brasil. Ele enfatizou a importância da vigilância contínua e das medidas de contenção.
Transmissão da Mpox: Como Ocorre?
A Mpox é transmitida principalmente por meio de contato físico próximo com uma pessoa infectada, incluindo o contato com lesões na pele ou materiais contaminados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que a disseminação do vírus por meio de relações sexuais contribuiu para sua propagação global em 2022. Recentemente, foi observado que o clado 1b também pode ser transmitido dessa forma.
O contato íntimo, incluindo o compartilhamento de roupas de cama e objetos pessoais, é a principal via de transmissão. Por isso, é crucial que pessoas com sintomas procurem atendimento médico para diagnóstico e tratamento adequados.
Sintomas da Mpox: O que Observar?
Os sintomas iniciais da Mpox incluem febre, dores musculares, fadiga e inchaço dos linfonodos. Uma característica distintiva da doença é o aparecimento de erupções cutâneas, como bolhas, que geralmente começam no rosto e se espalham pelo corpo, incluindo mãos, pés e áreas genitais. Esses sintomas geralmente surgem entre 6 e 13 dias após a exposição ao vírus, mas podem demorar até três semanas para se manifestar.

Na maioria dos casos, a doença é leve e os sintomas desaparecem por conta própria em duas a três semanas. No entanto, é importante que indivíduos com sintomas busquem uma Unidade Básica de Saúde para avaliação e tratamento.
Qual a Resposta do Brasil à Mpox?
Desde 2022, o Brasil tem enfrentado casos de Mpox, principalmente do clado 2. Em 2024, o estado de São Paulo registrou 1126 casos sem mortes. As autoridades de saúde têm adotado medidas de vigilância e controle para prevenir a disseminação do vírus, incluindo o monitoramento de contatos e o isolamento de casos confirmados.
A experiência do Brasil em vigilância epidemiológica tem sido fundamental para controlar a disseminação da doença. A identificação precoce de casos e o bloqueio da transmissão são estratégias essenciais para evitar surtos maiores.
Quais medidas de prevenção da Mpox?
Para prevenir a disseminação da Mpox, é importante adotar medidas de higiene, como lavar as mãos regularmente e evitar o compartilhamento de objetos pessoais. Pessoas com sintomas devem praticar o isolamento e seguir as orientações médicas. Além disso, a conscientização sobre os modos de transmissão e os sintomas da doença é essencial para a prevenção.
O Brasil continua a monitorar a situação e a adaptar suas estratégias de saúde pública conforme necessário para proteger a população e evitar a propagação do vírus.