O Banco Central (BC) do Brasil anunciou recentemente mudanças significativas no regulamento do Pix, com o objetivo de aumentar a segurança e a confiabilidade do sistema de pagamentos instantâneos. As novas regras exigem que as instituições financeiras e de pagamento participantes do Pix garantam que os nomes associados às chaves Pix estejam em conformidade com os registros oficiais de CPF e CNPJ da Receita Federal.
Essas alterações visam impedir que documentos com inconsistências ou irregularidades sejam utilizados para fraudes. A medida não está relacionada ao pagamento de tributos, mas sim à verificação da identidade dos titulares das chaves Pix. A conformidade deve ser verificada em todas as operações envolvendo chaves Pix, como registros, alterações, portabilidades e reivindicações de posse.
Quais documentos estão impedidos de registrar chaves Pix?
De acordo com as novas diretrizes, CPFs com status cadastral “suspensa”, “cancelada”, “titular falecido” e “nula”, bem como CNPJs com status “suspensa”, “inapta”, “baixada” e “nula”, não poderão ter chaves Pix registradas. Essa medida visa proteger os dados dos cidadãos e evitar que documentos inválidos sejam usados em atividades fraudulentas.
Para verificar a situação cadastral de um documento, basta acessar o site da Receita Federal. Caso haja necessidade de regularização, o site também oferece orientações para corrigir a situação do CPF. Essa iniciativa é parte de um esforço maior para aumentar a segurança digital e proteger os dados dos cidadãos brasileiros.

Como o Banco Central está monitorando a conformidade?
O Banco Central implementou um sistema de monitoramento contínuo para garantir que as instituições participantes do Pix cumpram as novas regras. Penalidades podem ser aplicadas às instituições que não corrigirem falhas na conformidade dos dados. Além disso, o BC está criando uma segunda linha de defesa, onde atuará diretamente para identificar e corrigir chaves Pix com informações inconsistentes.
Outra mudança importante é a proibição de alterações em informações vinculadas a chaves aleatórias e a reivindicação de posse de chaves do tipo e-mail. Agora, para alterar informações de uma chave aleatória, é necessário excluir a chave existente e criar uma nova. Chaves do tipo e-mail não podem mais mudar de titularidade, enquanto chaves do tipo celular ainda permitem essa funcionalidade.
Qual é o impacto das novas regras para os usuários do Pix?
As novas regras do Banco Central visam dificultar a ação de criminosos que utilizam documentos falsos ou inválidos para realizar fraudes. Com a verificação mais rigorosa dos dados, espera-se que a segurança das transações Pix seja significativamente aumentada, protegendo tanto os usuários quanto as instituições financeiras.
Além disso, a Receita Federal lançou a ferramenta Proteção do CPF, que permite aos cidadãos impedir que seus CPFs sejam usados indevidamente em registros de empresas. Essa funcionalidade é gratuita e está disponível em todo o território nacional, abrangendo diversos tipos jurídicos, incluindo o Microempreendedor Individual (MEI).
O que esperar do futuro do Pix?
Com as novas medidas, o Banco Central reforça seu compromisso com a segurança e a integridade do sistema financeiro brasileiro. A expectativa é que essas mudanças reduzam significativamente o número de fraudes e aumentem a confiança dos usuários no sistema Pix. A contínua evolução das regulamentações e a implementação de novas tecnologias de segurança são passos importantes para garantir um ambiente financeiro mais seguro e confiável para todos.