A mamografia é um exame essencial na detecção precoce do câncer de mama, uma das doenças mais comuns entre as mulheres no Brasil. Este exame é uma ferramenta vital para identificar alterações no tecido mamário que podem indicar a presença de câncer, muitas vezes antes que os sintomas se tornem aparentes. A detecção precoce é crucial, pois aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido e, consequentemente, a sobrevivência.
Recentemente, surgiram informações falsas nas redes sociais sobre a mamografia, alegando que o exame possui uma carga de radiação extremamente alta e que existem métodos alternativos mais seguros e eficazes. No entanto, essas alegações são infundadas e podem levar a uma falsa sensação de segurança, afastando as mulheres de um exame que pode salvar vidas.
Quais são os mitos sobre a radiação na mamografia?
Um dos mitos mais comuns é que a mamografia expõe as mulheres a uma quantidade de radiação equivalente a 150 raios X, o que não é verdade. Na realidade, a dose de radiação de uma mamografia é apenas duas vezes maior que a de um raio X convencional, o que é considerado seguro e não representa risco significativo à saúde. A dose de radiação utilizada é cuidadosamente controlada e minimizada para garantir a segurança das pacientes.
Além disso, a comparação com práticas em outros países, como a Europa, onde a mamografia é recomendada com menos frequência, não leva em conta as diferenças epidemiológicas e de saúde pública. No Brasil, a recomendação é que mulheres entre 40 e 49 anos realizem o exame anualmente, enquanto aquelas entre 50 e 69 anos devem fazê-lo a cada dois anos, especialmente se houver histórico familiar de câncer de mama.
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Por que a termografia não substitui a mamografia?
A termografia, que detecta padrões de calor no corpo, tem sido promovida como uma alternativa à mamografia. No entanto, essa técnica não é eficaz na detecção do câncer de mama e pode levar a diagnósticos errôneos. A Sociedade Brasileira de Mastologia, juntamente com outras entidades médicas, não recomenda o uso da termografia para rastreamento do câncer de mama, seja isoladamente ou em conjunto com a mamografia.
O uso da termografia pode resultar em uma falsa sensação de segurança, fazendo com que mulheres deixem de realizar a mamografia, que é o método mais confiável para a detecção precoce do câncer de mama. A FDA dos Estados Unidos também emitiu comunicados afirmando que não há evidências científicas que sustentem a eficácia da termografia como substituto da mamografia.
Qual é o papel do ultrassom na avaliação das mamas?
O ultrassom é uma ferramenta complementar na avaliação das mamas, especialmente útil em casos de mamas densas ou quando há necessidade de investigar mais detalhadamente uma área específica identificada na mamografia. No entanto, ele não substitui a mamografia como método de rastreamento. A combinação de mamografia e ultrassom pode ser indicada para mulheres com alto risco de câncer de mama, mas a mamografia continua sendo o exame padrão para o rastreamento regular.
Em resumo, a mamografia é um exame seguro e eficaz para a detecção precoce do câncer de mama. As informações falsas que circulam nas redes sociais podem prejudicar a saúde das mulheres ao desencorajá-las de realizar um exame vital. É importante que as mulheres sigam as recomendações médicas e realizem a mamografia conforme indicado para garantir a detecção precoce e aumentar as chances de tratamento bem-sucedido.