O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, tem gerado um impacto significativo no turismo do Rio de Janeiro. Com três indicações ao Oscar 2025, a produção não apenas destaca a história do Brasil durante a ditadura militar, mas também transforma os locais de filmagem em pontos de interesse para visitantes. Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, o longa percorreu 16 bairros cariocas, recriando o ambiente dos anos 1970.
Os cenários do filme, além de sua narrativa envolvente, têm atraído fãs e curiosos aos locais de gravação. A história real de figuras como Rubens Paiva e Eunice Paiva, que lutaram contra a ditadura, também contribui para o aumento do interesse em visitar esses locais históricos. A seguir, exploramos alguns dos principais pontos turísticos relacionados ao filme.
Quais são os principais locais de filmagem de “Ainda Estou Aqui”?
Café Manon
Entre os locais de destaque está o Café Manon, uma confeitaria tradicional no centro do Rio de Janeiro. Este espaço foi cenário de momentos emocionantes no filme, retratando a vida familiar de Eunice e Rubens Paiva. Fundado em 1942, o café é conhecido por sua decoração art-déco e pelo famoso doce madrilenho. A confeitaria, tombada como patrimônio histórico em 1993, agora recebe visitantes que desejam reviver cenas do filme.
Casa da Família Paiva
Outro local significativo é a Casa da Família Paiva, representada por uma residência na Rua Roquete Pinto, na Urca. Embora a casa original no Leblon tenha sido demolida, a semelhança com o imóvel na Urca fez dele o cenário ideal para o filme. A casa, atualmente à venda, atrai aqueles interessados na história da família Paiva.
Túmulo de Eunice Paiva
Embora o túmulo de Eunice Paiva no Cemitério do Araçá, em São Paulo, não apareça no filme, ele se tornou um local de homenagem. A advogada, que lutou contra a ditadura, é lembrada por sua contribuição à democracia brasileira. Visitas guiadas ao cemitério agora incluem paradas em seu túmulo, destacando sua importância histórica.
O filme “Ainda Estou Aqui” não apenas celebra a história do Brasil, mas também revitaliza o interesse por locais históricos, promovendo um turismo cultural que educa e inspira. Esses locais, agora imortalizados no cinema, oferecem uma janela para o passado, permitindo que os visitantes se conectem com a história.
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Instituto Municipal Nise da Silveira
O Instituto Municipal Nise da Silveira foi utilizado para simular o DOI-Codi, local de prisão e tortura durante a ditadura. O prédio original, na Rua Barão de Mesquita, ainda está em processo de tombamento pelo Iphan, com planos de se tornar um centro de memória. Este contexto histórico, amplamente explorado no filme, tem aumentado a conscientização sobre os eventos sombrios da ditadura.
Busto de Rubens Paiva
Além disso, o Busto de Rubens Paiva, localizado na Praça Lamartine Babo, na Tijuca, também ganhou atenção renovada. Instalado em 2014, o busto simboliza a luta contra a repressão e tem sido um ponto de reflexão para visitantes.