A Síndrome de HELLP é uma complicação grave que pode ocorrer durante a gravidez, frequentemente associada à pré-eclâmpsia. Esta condição é caracterizada por três principais alterações no organismo: hemólise (destruição das hemácias), elevação das enzimas hepáticas e baixa contagem de plaquetas. Normalmente, a síndrome se manifesta após as 28 semanas de gestação, mas também pode surgir nos primeiros dias após o parto.
Os sintomas da Síndrome de HELLP podem ser facilmente confundidos com outras condições, como gastrite ou gripe, devido à presença de mal-estar geral, náuseas, vômitos e dor na parte superior direita do abdômen. A identificação precoce é crucial para o tratamento eficaz e para evitar complicações sérias, como parto prematuro e descolamento de placenta.
Quais são os sintomas da Síndrome de HELLP?
Os sintomas mais comuns da Síndrome de HELLP incluem dor em cólica na região do estômago ou abaixo das costelas à direita, náuseas, vômitos, cansaço excessivo, inchaço nas pernas e dor de cabeça. Além disso, a pele e os olhos podem apresentar coloração amarelada. Outros sinais incluem pressão arterial elevada, visão embaçada ou dupla, e dificuldades respiratórias.

É importante que qualquer gestante que apresente esses sintomas procure atendimento médico imediato. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para minimizar os riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.
Como é feito o diagnóstico da Síndrome de HELLP?
O diagnóstico da Síndrome de HELLP é realizado por um obstetra com base nos sintomas apresentados e em exames laboratoriais. Um hemograma completo é fundamental para verificar a destruição das hemácias e a contagem de plaquetas. Exames que avaliam a função hepática, como dosagem de bilirrubinas e enzimas hepáticas (TGO e TGP), também são utilizados para confirmar a condição.
Além disso, o médico pode solicitar exames adicionais, como a dosagem de lactato desidrogenase (LDH), para avaliar a gravidade da síndrome. A classificação de Mississippi é frequentemente utilizada para categorizar a síndrome em diferentes classes de gravidade, sendo a classe 1 a mais severa.
Quais são as causas e fatores de risco da Síndrome de HELLP?
Acredita-se que a Síndrome de HELLP esteja relacionada a uma resposta inflamatória exagerada do sistema imunológico, desencadeada por alterações no desenvolvimento da placenta. Essa resposta resulta na destruição das hemácias, aumento das enzimas hepáticas e redução das plaquetas.
Fatores de risco incluem histórico de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, idade materna acima de 35 anos, gravidez múltipla, obesidade e condições pré-existentes como diabetes e hipertensão. Além disso, pode haver uma predisposição genética para o desenvolvimento da síndrome.
Como é o tratamento da Síndrome de HELLP?
O tratamento da Síndrome de HELLP geralmente requer internação em unidade de terapia intensiva para monitoramento constante da gestante e do bebê. Os principais tratamentos incluem:
- Medicação: Uso de anti-hipertensivos e analgésicos para controlar a pressão arterial e a dor. Sulfato de magnésio pode ser administrado para prevenir convulsões.
- Transfusão de sangue: Indicada em casos de anemia severa ou baixa contagem de plaquetas.
- Monitoramento contínuo: Acompanhamento da saúde da mãe e do bebê através de exames laboratoriais e ultrassonografias.
- Indução do parto: Considerada o tratamento definitivo, especialmente em gestações com mais de 34 semanas.
- Plasmaférese: Procedimento para filtrar o sangue e substituir o plasma, indicado em casos que não melhoram após o parto.
Quais são as complicações da Síndrome de HELLP?
A Síndrome de HELLP pode levar a complicações graves tanto para a mãe quanto para o bebê. Para a gestante, os riscos incluem descolamento prematuro da placenta, eclâmpsia, insuficiência hepática e coagulação intravascular disseminada. Para o bebê, as complicações podem incluir prematuridade, restrição de crescimento fetal e, em casos extremos, morte fetal.
O tratamento imediato é essencial para minimizar essas complicações e garantir a segurança da mãe e do bebê. Embora a síndrome não deixe sequelas permanentes quando tratada precocemente, o acompanhamento médico é crucial para prevenir a recorrência em futuras gestações.