A doação de sangue é um ato que pode salvar vidas, mas, apesar de sua importância, o número de doadores no Brasil ainda é insuficiente para atender à demanda dos bancos de sangue. Atualmente, apenas 1,6% da população brasileira são doadores regulares, segundo o Ministério da Saúde. Este artigo explora a relevância da doação de sangue, os tipos sanguíneos mais necessários e os critérios de segurança envolvidos no processo.
Entender a dinâmica da doação de sangue é crucial para aumentar a conscientização e incentivar mais pessoas a se tornarem doadoras. A seguir, serão abordados aspectos essenciais sobre os tipos sanguíneos, a quantidade de sangue que pode ser doada e a segurança das transfusões.
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Quais são os tipos sanguíneos mais necessários?
Cada pessoa possui um tipo sanguíneo específico, e garantir que o tipo correto seja transfundido é vital para a segurança do paciente. Os tipos sanguíneos mais requisitados nos bancos de sangue são o A negativo e o O positivo, devido à sua maior compatibilidade com a população em geral. O tipo O é conhecido como doador universal, pois pode ser doado para qualquer outro tipo sanguíneo, enquanto o tipo AB é o receptor universal, podendo receber qualquer tipo de sangue.
Quanto sangue pode ser doado?
No Brasil, para doar sangue, é necessário pesar no mínimo 50 kg. A quantidade de sangue retirada em uma doação é calculada com base no peso do doador: mulheres podem doar até 8 ml por kg, enquanto homens podem doar até 9 ml por kg. Em média, uma doação consiste em 450 ml de sangue, além de cerca de 30 ml adicionais para exames laboratoriais obrigatórios.
Como é garantida a segurança de uma transfusão?
A segurança das transfusões de sangue é uma prioridade. No Brasil, o sangue doado é testado para diversas doenças transmissíveis, incluindo hepatite B, hepatite C, HIV, HTLV, sífilis e doença de Chagas. Além disso, os doadores passam por uma triagem rigorosa, que inclui um questionário sobre hábitos comportamentais, para garantir que o sangue doado seja seguro para os receptores.
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O que acontece com o sangue doado?
Após a coleta, o sangue doado é separado em componentes específicos: plasma, concentrado de plaquetas, concentrado de hemácias e crioprecipitado. Cada um desses componentes tem um prazo de validade diferente. Por exemplo, o concentrado de plaquetas dura apenas cinco dias, enquanto o concentrado de hemácias pode ser armazenado por até 42 dias. O plasma, por sua vez, pode ser conservado por até cinco anos.
Por que não há substituto para o sangue humano?
Apesar dos avanços na medicina, ainda não existe um substituto viável para o sangue humano. A doação de sangue continua sendo a única maneira de ajudar pessoas que necessitam de transfusões, seja por acidentes, cirurgias ou condições médicas. Este ato altruísta e rápido é essencial para salvar vidas e manter os estoques de sangue em níveis adequados.