O mundo das celebridades é frequentemente associado a uma presença constante nas redes sociais e nas páginas de entretenimento. Essa visibilidade, no entanto, nem sempre é fruto de popularidade espontânea. Por trás de muitos nomes em destaque, existe uma estratégia meticulosamente planejada e, muitas vezes, bastante onerosa. Esse fenômeno é conhecido como “banca digital”.
Segundo o portal Metrópoles a “banca digital” refere-se a um esquema em que celebridades se tornam assunto nas redes sociais por meio de postagens pagas. Essa prática visa aumentar o engajamento e fortalecer a imagem pública dos envolvidos. Celebridades como Alok, Deborah Secco, Paolla Oliveira, Giovanna Lancellotti e Fernanda Torres são mencionadas em materiais de venda desse serviço, embora não haja confirmação de que tenham efetivamente pago para participar.
![Você está sendo manipulado! Esquema revela como famosos compram engajamento nas redes sociais](https://istoe.com.br/istoegeral/wp-content/uploads/2025/02/Design-sem-nome_20250212_215150_0000-1024x576.png)
Como funciona a “Banca digital”?
A “banca digital” opera através de perfis específicos nas redes sociais que promovem conteúdos pagos sobre celebridades. Esses perfis incluem nomes como UpdateCharts, Saiu Fofoca, Nazaré Amarga, BCharts, Arth, Central da Fama, entre outros. A ideia é garantir que os artistas sejam constantemente mencionados, mantendo-os em evidência e aumentando sua relevância nas plataformas digitais.
Durante períodos de alta demanda, como o Carnaval, os valores para garantir essa visibilidade podem variar significativamente. Os pacotes oferecidos, que determinam o número de postagens e os perfis envolvidos, podem custar entre R$ 65 mil e R$ 125 mil. Essa variação de preço reflete a intensidade e o alcance desejados pela celebridade ou seu agente.
Quais são os perfis envolvidos no esquema?
Os perfis que participam desse esquema são cuidadosamente selecionados para maximizar o impacto das postagens. Entre eles, estão perfis populares que já possuem um grande número de seguidores e engajamento. Isso inclui páginas como Lorena Magazine, Caso Família, TrechoNews, Miga, Nana Rude, Popzone, João Maycon, Babados, Xuxa Nave e Carnaval.
Esses perfis atuam como amplificadores da imagem das celebridades, ajudando a criar uma percepção de relevância e popularidade que pode não corresponder à realidade. O uso estratégico desses canais é uma forma de moldar a opinião pública e manter a atenção do público.
Por que é importante questionar o conteúdo consumido?
Diante desse cenário, é crucial que os consumidores de conteúdo digital adotem uma postura crítica em relação ao que veem nas redes sociais. Nem tudo que viraliza ou se torna tendência é resultado de interesse genuíno do público. Muitas vezes, há interesses financeiros e estratégias de marketing por trás do que aparece no feed.
Portanto, é essencial filtrar quem se segue nas redes sociais e buscar fontes confiáveis de informação. Ao questionar a origem e a intenção por trás das postagens, os usuários podem evitar serem influenciados por conteúdos manipulados e garantir que suas interações online sejam mais autênticas e informadas.