Nos últimos anos, medicamentos como Ozempic, Mounjaro e Wegovy tornaram-se bastante populares no tratamento de diabetes e obesidade. Esses remédios, pertencentes à classe dos análogos do GLP-1 e GIP, foram aprovados por agências reguladoras nos Estados Unidos e, posteriormente, no Brasil. O aumento da demanda por esses medicamentos, no entanto, suscitou preocupações quanto à emergência de um mercado paralelo e a produção de versões alternativas e manipuladas.
Entidades médicas no Brasil, como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, alertaram para os riscos associados ao uso de versões não regulamentadas desses medicamentos. A manipulação inadequada pode resultar em formulações que não são seguras ou eficazes, potencialmente colocando a saúde dos pacientes em risco.
Riscos dos medicamentos manipulados
A produção de medicamentos como a semaglutida e a tirzepatida demanda processos rigorosos que garantem a esterilidade e estabilidade do produto. Problemas sérios foram documentados em versões manipuladas, que podem conter doses divergentes das recomendadas ou serem contaminadas por outros compostos. Essa situação tem levantado preocupações entre profissionais de saúde acerca da segurança e eficácia dessas práticas não autorizadas.
Como prevenir o uso de medicamentos manipulados?
Para evitar os riscos associados ao uso de medicamentos manipulados, recomenda-se que os profissionais de saúde prescrevam apenas versões aprovadas por entidades regulatórias. Além disso, pacientes devem estar cientes da importância de adquirir medicamentos em farmácias credenciadas e evitar compras através de sites não oficiais. A atenção quanto à embalagem e procedência do medicamento é fundamental.
Medidas rigorosas de fiscalização por parte de agências como a ANVISA são cruciais para coibir a prática de venda de medicamentos manipulados. Os Conselhos de Medicina também desempenham um papel vital na orientação e regulamentação do uso desses tratamentos.
Quais cuidados devem ser tomados pelos pacientes?
![Perigo à vista! Medicamentos para obesidade podem estar sendo manipulados](https://istoe.com.br/istoegeral/wp-content/uploads/2025/02/obesidade_1739061643200-1024x576.jpg)
Pacientes em busca de tratamento para diabetes ou obesidade com o uso de análogos do GLP-1 e GIP devem consultar seus médicos para orientações adequadas. Além disso, é importante que adquiram medicamentos apenas em ambientes regulamentados e que desconfiem de sites ou outros canais que oferecem essas soluções de forma não convencional. Sempre que possível, a comprovação de autenticidade do medicamento deve vir acompanhada da emissão de nota fiscal.
A importância da conscientização e fiscalização
A conscientização acerca dos perigos dos medicamentos manipulados ou vendidos de forma irregular é essencial para proteger a saúde pública. Informar a população sobre os riscos e a necessidade de adquirir medicamentos aprovados pode ajudar a diminuir a demanda por opções duvidosas. A fiscalização, por sua vez, deve ser contínua e efetiva para garantir que somente produtos seguros e comprovadamente eficazes cheguem aos consumidores.