A hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, é muitas vezes descrita como uma “inimiga silenciosa”. Esta condição crônica é preocupante pelo fato de, geralmente, não apresentar sintomas claros, mas ainda assim ser um importante fator de risco para eventos cardiovasculares sérios, como infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVC).
O tratamento da hipertensão envolve tanto mudanças no estilo de vida quanto a administração de medicamentos contínuos. É crucial compreender que, embora a pressão alta possa ser controlada, não há uma cura definitiva. A adoção de uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios são passos essenciais para lidar com esta condição.
Quais são os principais fatores de risco para a hipertensão?
Identificar a presença de fatores de risco é um passo inicial importante no diagnóstico da hipertensão. Dentre os fatores de risco mais comuns estão:
- Histórico familiar de pressão alta;
- Níveis elevados de colesterol e triglicérides;
- Sedentário;
- Excesso de peso ou obesidade.
Em casos onde estes fatores estão presentes, é aconselhável consultar regularmente um médico, como um clínico geral ou cardiologista, para monitorar a pressão arterial, especialmente antes dos 40 anos.
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Como é feito o diagnóstico da hipertensão?
Para determinar se um indivíduo é hipertenso, realiza-se a medição da pressão arterial em pelo menos duas ocasiões diferentes. É importante que a pessoa esteja em repouso e tenha evitado consumo de cafeína, tabaco ou grandes esforços físicos antes da medição. A leitura da pressão sanguínea é expressa em milímetros de mercúrio (mmHg) e feita com um esfigmomanômetro.
Uma pressão considerada elevada é aquela com valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg. Para diagnósticos mais precisos, os médicos podem solicitar o MAPA – Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial – um exame que monitora a pressão ao longo de 24 horas, descartando possíveis influências externas como estresse.
Como se deve lidar com a hipertensão no dia a dia?
Para aqueles diagnosticados com hipertensão, a adoção de novos hábitos de vida é imperativa. Isso inclui a prática regular de exercícios físicos, uma dieta rica em frutas, vegetais e grãos integrais, e a redução do consumo de álcool e tabaco. O manejo do estresse, através de técnicas de relaxamento e um bom padrão de sono, também contribui para o controle da pressão.
Medicamentos anti-hipertensivos podem ser prescritos e devem ser tomados conforme a orientação médica, complementando as mudanças de estilo de vida necessárias.
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Quais alimentos ajudam a controlar a pressão arterial?
A dieta desempenha um papel significativo no controle da hipertensão. O plano alimentar DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) é amplamente recomendado, incluindo o aumento do consumo de potássio, magnésio e cálcio com alimentos como frutas, vegetais verdes escuros, grãos integrais e laticínios desnatados.
Especificamente, deve-se reduzir o consumo de sal para até 2 g por dia e evitar alimentos processados que são ricos em sódio. Além disso, é relevante incorporar óleos saudáveis, como o azeite de oliva, e limitar alimentos com gorduras saturadas.
Chás e medidas caseiras ajudam no controle da pressão?
Embora algumas ervas medicinais como a camomila e o alho possam auxiliar na melhora da circulação e ter efeitos calmantes, o uso exclusivo dessas alternativas não substitui o tratamento médico convencional. Preparações como chás de hibisco e cavalinha podem ser adicionados à rotina, mas sempre sob orientação médica para evitar interações indesejadas com medicamentos prescritos.
É importante destacar que a automedicação e a negligência ao tratamento regular podem levar a complicações. A pressão alta, apesar de silenciosa, requer atenção contínua e manejo cuidadoso.