No início de 2024, o Rio de Janeiro foi palco de novas preocupações relacionadas à dengue, com o registro de casos confirmados e iniciativas para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti. O primeiro óbito do ano devido à doença foi confirmado em Campo Grande, uma região da Zona Oeste da cidade. As autoridades de saúde estão em alerta, especialmente nas áreas com altos índices de infestação do mosquito.
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou o primeiro levantamento do ano, conhecido como LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti), que teve como objetivo identificar focos e medir a presença de ovos e larvas do mosquito. Esse levantamento é crucial para o monitoramento e controle da dengue na cidade, principalmente durante o verão, quando o risco de transmissão é maior.
Por que o Rio de Janeiro ainda enfrenta desafios para controlar a dengue?
Os desafios enfrentados pelo Rio de Janeiro no combate à dengue são diversos. Um dos principais é a presença contínua de criadouros do mosquito causador da doença. Conforme apontado no último levantamento, os depósitos móveis, como vasos de plantas e recipientes de lixo, continuam sendo os maiores responsáveis pela proliferação do Aedes aegypti. Estas áreas não são sempre percebidas pela população como ameaças, mas contribuem significativamente para o aumento dos casos.
Como as autoridades estão abordando a vacinação contra a dengue?
Visando proteger a população mais jovem contra a dengue, a secretaria de saúde está reforçando a campanha de vacinação para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A campanha, que termina no final de janeiro, foca na aplicação da segunda dose da vacina, essencial para garantir a imunização completa. Caso esta meta não seja alcançada até o prazo estipulado, a vacinação será estendida a outras faixas etárias, para evitar o desperdício de vacinas.
O que fazer em caso de suspeita de dengue?
- Procure atendimento médico: Em caso de febre, dores no corpo e atrás dos olhos, dirija-se imediatamente a uma Clínica da Família ou Centro Municipal de Saúde.
- Realização de testes: Nesses locais, são realizados testes rápidos e hemogramas para confirmar o diagnóstico e identificar o tipo de vírus.
- Facilidade de acesso aos testes: O Ministério da Saúde está trabalhando para equipar todas as unidades básicas municipais com os equipamentos necessários para realizar esses exames até março.
- Tratamento adequado: Com o diagnóstico confirmado, o profissional de saúde poderá indicar o tratamento mais adequado para cada caso.
Importante: Não se automedique e procure atendimento médico o mais rápido possível para evitar complicações.
Quais são as recomendações para evitar a proliferação do mosquito?
A população desempenha um papel crucial na prevenção da dengue, com medidas simples que podem ser adotadas para minimizar os criadouros do Aedes aegypti. Entre as recomendações, destacam-se:
- Eliminar depósitos de água parada, como pratos de plantas e potes de água para animais;
- Manter caixas d’água bem fechadas e vedadas;
- Descarte correto de lixo e materiais que possam acumular água, como garrafas;
- Incentivar a participação comunitária em mutirões de limpeza e conscientização.
Essas medidas, aliadas ao apoio das autoridades de saúde, são essenciais para reduzir a incidência da doença e proteger a saúde pública no Rio de Janeiro durante todo o ano.