Em 2024, adquirir uma propriedade residencial no Brasil tornou-se significativamente mais dispendioso. O Índice FipeZAP revelou um aumento médio nos preços de 7,73%, a maior variação anual desde 2013, quando houve uma elevação de 13,74%. Essa alta dos preços imobiliários é creditada principalmente ao fortalecimento da economia nacional, que ultrapassou as previsões com um mercado de trabalho robusto.
De acordo com a economista do DataZAP, a expansão da economia brasileira impactou diretamente o mercado imobiliário. O aumento na concessão de crédito para imóveis dos segmentos popular e médio padrão foi um dos fatores chave, fomentado pelo ambiente macroeconômico favorável. A taxa de desemprego em queda, marcando 6,1% no trimestre encerrado em novembro, destaca-se como a mais baixa desde o início da série histórica em 2012.
O Desempenho Econômico e o Mercado Imobiliário
O cenário macroeconômico de 2024 foi caracterizado por um crescimento surpreendente do Produto Interno Bruto (PIB), que deve ser oficialmente divulgado em março. As estimativas iniciais de um aumento em torno de 1,7% foram revistas para 3,5%. Esse desempenho econômico não apenas fortaleceu o mercado de trabalho, mas também impulsionou o setor imobiliário, aumentando a capacidade de compra dos consumidores através de um maior acesso ao crédito.
O aumento de preços das propriedades não é uniformemente distribuído pelo país. O Índice FipeZAP, que monitora 56 cidades, identificou Curitiba como líder no aumento de preços entre as capitais, com um impressionante crescimento de 18%. As cidades de Salvador, João Pessoa e Aracaju também registraram aumentos significativos, com elevações de 16,38%, 15,54% e 13,79%, respectivamente.
Quais Capitais Lideram o Aumento dos Preços Imobiliários?
Curitiba destacou-se em 2024 como a capital com o maior aumento nos preços de imóveis residenciais, seguida de perto por Salvador e João Pessoa. Esse incremento nos preços reflete o cenário de demanda crescente nessas regiões, que pode ser atribuído a fatores locais, como melhorias na infraestrutura urbana e qualidade de vida, além de taxas de financiamento mais atrativas.
Por outro lado, Santa Maria, no Rio Grande do Sul, foi a única localidade a registrar uma diminuição nos preços dos imóveis, com um decréscimo modesto de 1,5%. Esse cenário singular se destaca em meio a um panorama nacional de valorização dos imóveis.
Preço Médio de Venda em Diversas Capitais
No panorama nacional, o preço médio de venda por metro quadrado de imóveis residenciais alcançou R$ 9.366 em dezembro de 2024. Balneário Camboriú, em Santa Catarina, é a cidade mais cara para aquisição de imóveis, com o preço médio de R$ 13.911 por metro quadrado. Além disso, as cidades de Vitória e Florianópolis seguem de perto, com valores de R$ 12.287 e R$ 11.766 por metro quadrado, respectivamente.
Em contrapartida, o menor custo por metro quadrado foi encontrado em Betim, Minas Gerais, onde o valor é de R$ 4.280. Essa variabilidade nos preços reflete fatores regionais, incluindo a oferta e demanda locais, bem como o valor percebido de viver em áreas com diferentes níveis de urbanização e infraestrutura.
Tendências Futuras no Mercado Imobiliário Brasileiro
A perspectiva para o mercado imobiliário brasileiro em 2025 continua a olhar para um possível equilíbrio entre oferta e demanda, à medida que aspectos macroeconômicos permanecem estimulantes. O desempenho do setor está intimamente ligado a políticas de crédito, condições econômicas globais e fatores internos, como infraestrutura e bem-estar urbano.
No futuro, o foco provavelmente estará em manter o crescimento sustentável e explorar novas estratégias para a acessibilidade habitacional em um mercado em evolução constante. À medida que o Brasil avança, as dinâmicas imobiliárias deverão ajustar-se para continuar a responder às necessidades da população e das novas tendências econômicas.