Em 2024, o futebol brasileiro vivenciou um fenômeno curioso, onde clubes reconhecidos pela sua administração financeira responsável, como Athletico-PR, Atlético-GO, Criciúma e Cuiabá, acabaram rebaixados. Apesar das dificuldades dentro das quatro linhas, esses clubes são elogiados por especialistas e apontados como exemplos de gestão no cenário nacional.
Os avanços administrativos se refletem em balanços com superávits e dívidas controladas, mas isso não foi o suficiente para garantir a manutenção na elite do futebol brasileiro. A situação levanta questionamentos sobre o equilíbrio entre desempenho em campo e saúde financeira, temas cruciais para o futuro do esporte no Brasil.
Quais são os critérios para uma boa gestão financeira no futebol?
De acordo com o “Relatório Convocados”, elaborado pelas consultorias Galapagos Capital e Outfield, a análise de administração eficiente dos clubes de futebol baseia-se em critérios como compatibilidade entre despesas e receitas, capacidade de pagamento de dívidas e investimentos realizados. Os clubes que mantêm finanças alinhadas com essas diretrizes são considerados exemplos de gestão responsável no futebol brasileiro.
No ano de 2023, o Athletico-PR destacou-se ao receber a nota AA, próxima do triplo A do Flamengo, enquanto o Cuiabá obteve nota A. Tais classificações indicam práticas financeiras acima da média no contexto do futebol nacional, o que gera reflexão sobre a sustentação do modelo atual.
Por que clubes financeiramente saudáveis enfrentam rebaixamento?
Apesar das práticas financeiras exemplares, Athletico-PR, Atlético-GO, Criciúma e Cuiabá enfrentaram o rebaixamento em 2024. A realidade do futebol é complexa, envolvendo não apenas gestão financeira, mas também investimentos em elenco, infraestrutura e capacitação técnica. A competitividade em campo constitui um desafio que não se soluciona unicamente com balanços positivos.
O caso dos clubes citados destaca a importância de equilibrar finanças sólidas com desempenho esportivo eficaz. Estratégias que penetrem nas decisões do campo tornaram-se essenciais para evitar cenários de rebaixamento, mesmo para times com saúde financeira garantida.
Qual será o impacto a longo prazo para esses clubes?
O rebaixamento representa um novo desafio para a administração desses clubes financeiramente saudáveis. Apesar de estarem fora da primeira divisão, as boas práticas administrativas impulsionam uma rápida retomada, possibilitando ajustes estratégicos para retornar à elite do futebol. Além disso, as bases sólidas de gestão servem de modelo para outros times que buscam equilíbrio financeiro sem comprometer o desempenho em campo.
Esses clubes demonstram que o caminho da responsabilidade financeira não só é possível como necessário para o esporte brasileiro. Essa abordagem prática e planejada pode sustentar operações eficientes, permitindo, assim, que problema como rebaixamento seja apenas um revés temporário em uma jornada de sucesso sustentável no futebol.