Com o avanço da tecnologia e a crescente presença de dispositivos digitais no cotidiano, novos desafios surgem, entre eles o chamado cybersickness. Este fenômeno é um tipo de enjoo causado pelo uso excessivo de dispositivos eletrônicos, como computadores e celulares. A convivência diária com telas já faz parte da rotina de muitos, mas poucos estão cientes dos sintomas associados a este mal-estar digital.
O cybersickness, à semelhança do enjoo do movimento, traz manifestações como tonturas, náuseas, dores de cabeça e fadiga ocular. Estes sintomas são cada vez mais comuns devido ao aumento do tempo gasto em frente a telas, especialmente em decorrência das mudanças de hábitos impostas pela pandemia de COVID-19. A tecnologia, que facilitou o trabalho remoto e a socialização online, também intensificou a exposição a estes dispositivos.
Quais são as causas do Cybersickness?
A origem do cybersickness pode ser rastreada até ambientes de realidade virtual (RV), onde uma significativa parcela de usuários relatou incômodos semelhantes ao enjoo. Isso ocorre devido a uma desconexão entre o que é visto e o que é sentido pelo corpo, o que a teoria do conflito sensorial procura explicar. De acordo com essa teoria, há uma discrepância entre as informações que os olhos enviam ao cérebro e o que o corpo percebe, gerando confusão e resultando em sintomas físicos.
Como a Rolagem Infinita Contribui para o Cybersickness?
Atividades como a rolagem constante em redes sociais ou plataformas de streaming são comuns na era digital e contribuem para o aparecimento do cybersickness. Semelhante à realidade virtual, esta atividade provoca um movimento visual contínuo sem que haja um movimento físico correspondente, levando ao desacordo sensorial mencionado anteriormente. Esse tipo de interação prolongada pode desencadear sintomas semelhantes ao enjoo do movimento.
Impacto a Longo Prazo na Saúde e Bem-Estar
Os efeitos prolongados do cybersickness não devem ser subestimados. A exposição contínua e sem controle a dispositivos digitais pode levar a problemas crônicos, como dores de cabeça persistentes, fadiga ocular e até distúrbios do sono. Para alguns indivíduos, os sintomas podem se tornar irreversíveis se não forem tratados adequadamente. Assim, é fundamental reconhecer e mitigar os sinais de cybersickness para preservar a saúde e o bem-estar a longo prazo.
Estratégias para Mitigar o Cybersickness
Existem diversas abordagens que podem ser adotadas para reduzir os sintomas de cybersickness. Uma delas é a utilização de óculos com filtro de luz azul, projetados para diminuir a quantidade de luz azul que atinge os olhos, aliviando a tensão ocular. Além disso, fazer intervalos regulares durante o uso de dispositivos, ajustar as configurações de brilho e contraste das telas, e manter uma postura ergonômica são medidas eficazes.
Outras práticas incluem um detox digital para limitar o tempo de tela, incorporando atividades físicas regulares para melhorar a saúde física geral, e a atenção à saúde mental, garantindo que o estresse decorrente do uso prolongado de tecnologias seja gerenciado adequadamente. Estratégias como essas são essenciais para equilibrar a interação digital com o bem-estar pessoal.