Na última segunda-feira, 16 de setembro de 2024, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) lançou um comunicado importante sobre os riscos associados ao uso de medicamentos como Ozempic e Mounjaro durante procedimentos que envolvem anestesia ou sedação profunda.
De acordo com a Agência, dados indicam um risco elevado de pneumonia e aspiração em pacientes que utilizam esses medicamentos. Esses riscos são ainda mais graves quando os pacientes são submetidos a anestesia ou sedação profunda. Portanto, a Anvisa recomenda que médicos questionem previamente os pacientes sobre o uso desses fármacos antes de qualquer procedimento.
Por que a Anvisa emitiu esse alerta?
Medicamentos como Ozempic e Mounjaro estão na mira da Anvisa por aumentarem o risco de aspiração e pneumonia. A classe de medicamentos conhecida como agonistas GLP-1, da qual esses fármacos fazem parte, é geralmente usada para tratar diabetes tipo 2 e, mais recentemente, para controle de peso.
Entre os medicamentos listados no alerta estão:
- Ozempic
- Rybelsus
- Wegovy
- Saxenda
- Victoza
- Xultophy
- Soliqua
- Mounjaro
- Trulicity
Esses medicamentos retardam o esvaziamento gástrico, aumentando as chances de aspiração de alimentos e líquidos durante a sedação. Isso pode resultar em complicações graves, como pneumonia.
Como prevenir riscos durante a anestesia?
Para minimizar os riscos, a Anvisa fez várias recomendações. Primeiramente, solicitou aos fabricantes que incluam essa advertência nas bulas dos medicamentos.
Além disso, a agência aconselha que médicos:
- Perguntem aos pacientes sobre o uso desses agonistas GLP-1.
- Verifiquem se o paciente está com o estômago vazio antes de iniciar qualquer sedação.
- Estejam atentos a possíveis sinais de complicações durante e após o procedimento.
Ozempic e Mounjaro são seguros sem supervisão médica?
O uso de Ozempic e Mounjaro tornou-se popular não apenas para tratar diabetes tipo 2, mas também para emagrecimento, especialmente entre celebridades. Contudo, o uso não supervisionado desses medicamentos pode gerar efeitos colaterais indesejados e aumentar os riscos de complicações graves.
A Anvisa reforça a necessidade de consulta e supervisão médica ao iniciar o uso de qualquer medicamento dessa classe. Estudos internacionais estão em andamento para entender melhor a relação entre o uso dos agonistas GLP-1 e o risco de aspiração.
Em resumo, a precaução da Anvisa visa garantir que todos os dados sobre esses medicamentos sejam bem compreendidos e que o uso deles seja feito de maneira segura e eficaz, sem expor os pacientes a riscos desnecessários.