O Brasil está enfrentando um dos períodos mais severos de seca em sua história recente, com várias regiões do país cobertas pela fumaça de queimadas. Esse cenário preocupa especialmente as capitais Belo Horizonte, Brasília e Goiânia, que lideram o ranking de dias sem chuva, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, a população enfrentou 150 dias consecutivos sem chuva até o dia 15 de setembro de 2024. Brasília e Goiânia não ficam atrás, com 146 e 144 dias sem precipitação, respectivamente. Esse quadro dramático não apenas agrava a situação da seca mas também afeta diretamente a qualidade do ar nessas regiões.
Estiagem Prolongada nas Capitais Brasileiras
A lista das capitais mais afetadas pela seca revela um cenário preocupante:
- Belo Horizonte (MG) – 150 dias
- Brasília (DF) – 146 dias
- Goiânia (GO) – 144 dias
- Cuiabá (MT) – 121 dias
- Palmas (TO) – 129 dias
- Teresina (PI) – 57 dias
- São Luís (MA) – 47 dias
- Fortaleza (CE) – 25 dias
- Manaus (AM) – 9 dias
Como está a qualidade do ar nas capitais?
Com a estiagem prolongada, a qualidade do ar também se torna um desafio imenso. O Índice de Qualidade do Ar (AQI) indica níveis moderados a não saudáveis em algumas capitais, exacerbando os problemas de saúde respiratória. A classificação é baseada em uma escala que varia de “bom” a “perigoso”, dependendo da concentração de poluentes no ar.
- Belo Horizonte: 81 (moderado)
- Brasília: 60 (moderado)
- Goiânia: 77 (moderado)
- Cuiabá: 137 (não saudável para grupos sensíveis)
- Palmas: 90 (moderado)
Especialistas têm alertado que a baixa umidade do ar, um problema agravado pela falta de chuva, pode aumentar os casos de doenças respiratórias, principalmente nas cidades onde a poluição atmosférica está se tornando mais severa.
Como se proteger durante a seca e queimadas?
Diante desse cenário desolador, o Ministério da Saúde divulgou uma série de orientações para ajudar a população a se proteger dos efeitos nocivos da fumaça e da baixa umidade do ar. Essas medidas podem ser vitais para manter a saúde respiratória e geral durante esse período crítico:
- Ingestão de líquidos: Aumentar o consumo de água e outros líquidos para manter as vias respiratórias úmidas e protegidas.
- Permanecer em locais fechados: Evitar sair de casa e se expor à fumaça. Se possível, manter janelas e portas fechadas, utilizando ar-condicionado ou purificadores de ar.
- Evitar exercícios ao ar livre: Não realizar atividades físicas durante horários de maior concentração de poluentes, geralmente entre 12h e 16h.
- Uso de máscaras: Utilizar máscaras N95, PFF2 ou P100 para reduzir a inalação de partículas finas. Para partículas grossas, podem ser utilizados lenços, panos ou bandanas.
- Atenção redobrada para grupos de risco: Crianças menores de 5 anos, idosos acima de 60 anos e gestantes devem seguir as recomendações com ainda mais rigor.
Em um momento em que a seca e as queimadas ameaçam a saúde e o bem-estar de grandes parcelas da população, seguir essas recomendações é essencial para minimizar os impactos negativos desses fenômenos climáticos.
A falta de chuva não só preocupa pela escassez de água, mas também pela degradação da qualidade do ar, trazendo à tona a necessidade de medidas de prevenção eficazes. Manter-se informado e seguir as diretrizes das autoridades de saúde é fundamental para enfrentar essa crise com segurança.