A Kaspersky, renomada empresa de cibersegurança, publicou recentemente um estudo intrigante que desmistifica cinco mitos sobre tecnologia que muitas pessoas ainda acreditam. Com a participação de dez mil pessoas, a pesquisa trouxe à tona algumas “superstições digitais” que surpreendentemente ainda persistem. Vamos explorar quais são esses mitos e o que realmente está por trás deles.
O estudo não só revelou crenças equivocadas, como também esclareceu diversas dúvidas comuns relacionadas ao uso da tecnologia no dia a dia. Estamos no ano de 2024 e é surpreendente ver quantas dessas crenças ainda são disseminadas entre os usuários de tecnologia. Confira a seguir os detalhes sobre cada um dos mitos desvendados pela Kaspersky.
É difícil diferenciar chatbots e humanos
Quase metade (47%) dos entrevistados acredita que é difícil distinguir a diferença entre robôs e humanos em conversas online. Embora, à primeira vista, isso pareça complicado, existem algumas maneiras de identificar quem está por trás da tela.
- Estilo de conversa: Bots tendem a ter um estilo de comunicação mais formal ou mecânico, enquanto humanos usam gírias e uma linguagem mais expressiva.
- Velocidade de resposta: Bots geralmente respondem de forma muito rápida e consistente, enquanto humanos podem demorar para pensar em suas respostas.
- Tópicos limitados: Bots possuem um conhecimento limitado e podem não compreender nuances ou contextos complexos em uma conversa.
Portanto, prestar atenção a esses detalhes pode ajudar a identificar se você está conversando com uma IA ou com uma pessoa real.
Você realmente fica invisível navegando anonimamente?
Muitas pessoas acreditam que navegar no modo anônimo significa estar completamente invisível online. No entanto, essa não é toda a verdade. Aproveitando deste modo, os dados de navegação não são armazenados localmente, mas isso não impede que seu endereço IP seja rastreado.
A navegação anônima não salva o histórico e dados de sites, mas o seu endereço IP ainda pode ser rastreado por terceiros. Adicionalmente, a conexão com sites pode expor informações da sua identificação. Portanto, a navegação anônima deve ser usada quando se deseja deixar o mínimo de rastros possíveis em um dispositivo, mas não garante invisibilidade total na internet.
O modo avião impede vigilância?
Cerca de 28% dos entrevistados desligam o telefone ou ativam o modo avião durante uma conversa face a face, acreditando estar protegidos de espionagem. Na realidade, esse método não é totalmente eficaz contra vigilância.
Existem malwares, como cavalos de troia, que podem gravar som ambiente mesmo quando o celular não tem acesso à internet. Assim que o modo avião é desativado, os dados coletados são enviados para os invasores. Portanto, confiar no modo avião para impedir vigilância não é totalmente seguro.
Wi-Fi público é seguro?
Muita gente (39% dos entrevistados) ancora-se na crença de que redes Wi-Fi públicas são seguras. Contudo, segundo a Kaspersky, muitas dessas redes não possuem os protocolos de segurança adequados, expondo os usuários a diversos riscos.
Conectar-se a uma rede Wi-Fi pública só deve ser feito se extremamente necessário. Siga estas recomendações para minimizar os riscos:
- Evite fazer compras online;
- Não faça login em contas que não tenham autenticação de dois fatores;
- Ative uma VPN confiável;
- Desative o compartilhamento de arquivos e o AirDrop.
Seu celular rastreia seus movimentos?
Dois terços dos entrevistados acreditam que seus celulares rastreiam sua localização o tempo todo. Embora isso possa ser verdade em alguns casos, geralmente é uma escolha do próprio usuário ao conceder permissões aos aplicativos instalados.
Spywares também são uma preocupação, pois podem gravar chamadas, ler mensagens e rastrear movimentos sem o consentimento do usuário. Para evitar, verifique se não há nenhum software suspeito no seu dispositivo.
Estes cinco mitos desmistificados pela Kaspersky mostram como é importante entender melhor as tecnologias que usamos diariamente. Conhecimento é poder, e estar bem informado pode nos proteger de muitas ameaças cibernéticas.