A onda de calor continua atingindo praticamente todo o país na última segunda, 9 de setembro de 2024, conforme informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em Cuiabá, a temperatura máxima prevista é de 41ºC, fazendo dela a cidade mais quente do país. Outras capitais como Campo Grande, Rio de Janeiro e São Paulo também enfrentam temperaturas elevadas, com previsões de 40ºC, 33ºC e 32ºC, respectivamente.
A situação é ainda mais preocupante porque, além do calor, não há previsão de chuvas em todo o Centro-Oeste e Sudeste. A umidade relativa do ar está baixa em diversas cidades, contribuindo para agravar as condições de seca. Esses fatores têm aumentado significativamente os focos de calor pelo país, conforme relatado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Focos de Calor Registrados pelo INPE
Entre sexta-feira e sábado, foram registrados 8.225 focos de calor no Brasil, de acordo com dados do Programa Queimadas do INPE. Dados mostram que mais da metade dos focos acontece no Mato Grosso, responsável por 33% do total, e no Pará, com 27%. Esses estados são frequentemente atingidos por queimadas, porém, o cenário de 2024 tem sido particularmente severo.
Como o Tempo Seco Afeta as Queimadas?
A falta de chuvas, especialmente nos meses de julho e agosto, levou o número de queimadas a bater recordes em diversas regiões, incluindo a Amazônia, onde o nível de chuva está abaixo do normal. O baixo índice pluviométrico afeta diretamente as bacias hidrográficas, causando impactos severos na flora e fauna locais.
Onda de Calor e Seus Impactos em 2024
A intensidade da onda de calor de 2024 não é um fenômeno isolado, mas sim parte de um padrão climático mais amplo associado às mudanças climáticas globais. Com temperaturas elevadas e umidade baixa, o ambiente se torna propício para a propagação de incêndios florestais, agravando crises ambientais e de saúde pública.
Além disso, o calor extremo tem outros impactos, como estresse térmico em populações vulneráveis, sobrecarga nos sistemas de saúde pública e aumento do consumo de energia elétrica devido ao uso intensivo de aparelhos de ar-condicionado.
Quais Medidas Podem Ajudar a Mitigar a Situação?
- Fiscalização Rigorosa: Aumentar a fiscalização para evitar queimadas ilegais.
- Educação Ambiental: Promover campanhas de conscientização sobre os perigos e consequências das queimadas.
- Incentivo a Práticas Agroecológicas: Incentivar métodos sustentáveis de manejo agrícola que não dependam de queimadas.
- Melhoria na Infraestrutura Hídrica: Investir em tecnologias para a captação e armazenamento de água durante os períodos de seca.
- Monitoramento Climático: Fortalecer a previsão e monitoramento do clima para preparar melhor as comunidades afetadas.
Essas medidas, se implementadas de maneira eficaz, podem não apenas aliviar a situação atual, mas também prevenir crises futuras associadas a condições extremas de tempo seco e calor.
Em resumo, a onda de calor atual, combinada com a seca extrema, está resultando em um número alarmante de focos de calor no Brasil. É fundamental que ações sejam tomadas para mitigar esses efeitos e proteger tanto o meio ambiente quanto a saúde pública.