Na madrugada de domingo, por volta das 04:30 (01:30), Israel lançou uma série de ataques preventivos contra o sul do Líbano com o objetivo de impedir um grande ataque de foguetes e drones pelo Hezbollah. A troca de fogo marca uma escalada significativa nas hostilidades que já duram dez meses, aumentando os temores de uma guerra total na região.
O exército israelense (IDF) anunciou que destruiu milhares de lançadores de foguetes do grupo armado Hezbollah, apoiado pelo Irã, usando aproximadamente 100 jatos de combate em mais de 40 áreas diferentes. Em resposta, Hezbollah afirmou ter disparado 320 foguetes e drones contra Israel, resultando na morte de um soldado da marinha israelense.
Hezbollah: O que motivou os ataques?
A palavra-chave central deste conflito é Hezbollah. O grupo libanês, aliado da organização Amal, confirmou a morte de três de seus combatentes em decorrência dos ataques israelenses. Em retaliação, o Hezbollah disparou uma enxurrada de foguetes contra Israel, alegando agir em vingança pela morte de um comandante sênior, ocorrido em julho de 2024.
As tensões na região têm escalado desde o início da guerra entre Israel e Hamas em Gaza no dia 7 de outubro de 2023. Esses enfrentamentos quase diários têm causado a morte de centenas de pessoas e a deslocação de quase 200 mil cidadãos dos dois lados da fronteira.
Quais são as consequências dos ataques recentes?
Diante da ameaça iminente, Israel respondeu com uma ofensiva massiva que envolveu ataques aéreos em áreas-chave do sul do Líbano. Entre as localidades atingidas estão o Castelo de Beaufort, Bir Kalb, e as regiões próximas às cidades de Ain Qana, Kfar Fila, Louaizeh, Bsalia, Kfar Melki, Sajd e Sarba.
Um residente de Zibqeen descreveu o ataque como algo próximo de sentir “o apocalipse“. O Ministério da Saúde libanês relatou uma morte devido a um ataque de drone em um carro na cidade de Khiam, além de dois falecimentos no vilarejo de Tiri causados por ataques israelenses.
Como Israel e o Hezbollah estão se preparando para o futuro?
O Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou que as ações de Hezbollah não marcam o fim da história. Segundo ele, o IDF continuará a tomar medidas preventivas severas para eliminar quaisquer ameaças ao Estado de Israel. Netanyahu ainda destacou que todos os drones lançados pelo Hezbollah foram interceptados.
Do outro lado, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou em um discurso televisivo que o grupo atacou com sucesso uma base de inteligência militar israelense e lançará mais respostas caso julgue necessário.
Qual é a posição da comunidade internacional?
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, cujo governo tem pouca influência sobre Hezbollah, apelou à comunidade internacional para que intervenha na desescalada das tensões. Ele reiterou o apoio do Líbano aos esforços internacionais para um cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns entre Israel e Hamas.
Os Estados Unidos consideram um acordo como chave para reduzir as tensões entre Israel e Líbano, pois Hezbollah condiciona o fim das hostilidades ao término das operações em Gaza. Nesse sentido, representantes dos serviços de inteligência de Israel, Estados Unidos e Catar se reuniram no Egito para discutir soluções.
Conclusão dos ataques: O que ainda podemos esperar?
Com os recentes incidentes, fica claro que as tensões entre Hezbollah e Israel estão longe de uma resolução pacífica imediata. A escalada de violência continua a preocupar não apenas os países envolvidos, mas também a comunidade internacional, que vê a situação com crescente apreensão. Todos aguardam ansiosamente por um desfecho que traga alguma estabilidade à região.